Foto: Agencia Brasil

O número de famílias de Roraima com alguma dívida bateu novo recorde em janeiro e chegou a 86,8% das famílias. É que mostra a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nessa terça-feira (7). O percentual para o mesmo período desde o início da série, em janeiro de 2010.

Ainda de acordo com o levantamento, o número de famílias endividadas aumentou 9,3% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 83,5 mil famílias, Já o número de  famílias inadimplentes soma 44,3 mil, 32,7% a mais que em janeiro de 2021.

As dívidas com cartão de crédito continuam representando a maior parcela do endividamento das famílias, representando 72,0%, logo em seguida estão as dívidas com carnês de lojas, com 45,0%. Essas dívidas apresentaram uma extensão média de parcelamento de 7,7 meses, comprometendo 29,5% da renda familiar dos roraimenses.

Em média as contas estão em atraso por 56 dias, e menos da metade (40,4%) terão condições de pagar integralmente suas dívidas em aberto.

O presidente do Sistema Fecomércio, Ademir dos Santos, acredita que esse crescimento está relacionado com as dívidas de fim de ano e os gastos com a volta às aulas. “Muitas famílias utilizam o cartão ou crediário para comprar os presentes de Natal e em janeiro também usam o crédito para comprar o material escolar. Produtos mais caros no mercado e redução do poder de consumo refletem no aumento das dívidas das famílias em Roraima”, destacou o presidente.

Brasil

O número de famílias endividadas e inadimplentes em Roraima é maior que em outros Estados brasileiros. De acordo com a pesquisa da CNC, o total de endividados no País alcançou 76,1% em janeiro, representando uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, apesar da pequena queda mensal, a situação ainda merece atenção. “O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, observa.

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