Foto: divulgação/IBAMA

O Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe), que monitora o avanço da devastação na Amazônia, fez seu primeiro alerta do ano de 2022 com dados sobre desmatamento em janeiro. Ainda sem dados completos, o órgão afirmou que Amazônia tem novo recorde de alerta de desmate para um mês de janeiro.

O sistema de monitoramento compilou dados até o dia 21 de janeiro de 2022 e constatou com o índice de desmate na maior selva tropical do mundo é o maior desde o começo da série histórica, em 2015. Foram 360 km² no mês passado, conforme medições do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

O monitoramento do Inpe é atualizado sempre às sextas-feiras, considerando o desmatamento encontrado até a semana anterior. “Se a gente está vendo um desmatamento tão alto em um mês que é um dos mais chuvosos e que, historicamente, tem uma das médias mensais mais baixas de desmatamento, porque chove o mês inteiro, esse é um sinal bastante preocupante”, alerta Claudio Angelo, coordenador de comunicação do Observatório do Clima. Em nota divulgada nesta quarta-feira (2).

O Deter produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) – tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (por exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão. O Mato Grosso foi o estado com maior área sob alerta de desmatamento: 118 km². Em seguida vieram Rondônia, com 99 km², Pará, com 52 km², e Roraima, com 41 km².

O Amazonas teve 49 km² sob alerta; Acre, 9 km²; e o Maranhão, 1 km². Tocantins e Amapá não registraram alertas.

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