Foto: Marcello Casal

Sempre que chega o último mês do ano, começam as expectativas para as festas e para receber o extra que todo trabalhador tem direito, que é a gratificação natalina, conhecida como 13º salário. É uma injeção de ânimo para o consumidor e também para a economia.

Os planos para esse dinheiro são os mais diversos. A secretária-executiva Aleska Maia, por exemplo, está ansiosa para regularizar a documentação do carro da família com o 13º. Segundo ela, essa será a primeira etapa do projeto de suas férias. “Depois do carro regularizado, vamos para Manaus e de lá seguiremos para a nossa comemoração de final de ano com a viagem em família para Fortaleza”, conta.

Ela explica que sempre analisa bem as prioridades para decidir o que fazer com a gratificação extra. “A ideia é nunca gastar com coisas desnecessárias. Invisto sempre naquilo que vai auxiliar no alcance de planos futuros”, ressalta.

Para o professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário Estácio da Amazônia, Eduardo Merlim, essa é a melhor decisão para evitar cair em armadilhas financeiras. “A satisfação de atingir as metas traçadas, comprar um bem ou contratar um serviço desejado, supera todas as dificuldades que se tenha passado durante o processo para obtenção”, observa.

Mas nem sempre é assim com todo mundo. Por isso, o economista, gerente comercial da Estácio, Gilberto Flores, orienta a quem estiver com dívidas nesse momento, utilizar esse dinheiro extra para pagar as contas e “começar o ano de 2022 sem nenhuma pendência”. “Quem tem algum parcelamento é uma boa hora para negociar uma antecipação e quitar a dívida com valores menores. Temos que pensar sempre em investimentos para fugir dos parcelamentos. Com dinheiro na mão o consumidor tem maior poder de barganha na hora da compra”, explica.

Outra sugestão do especialista é para quem está com as contas em dia. Se esse for o caso, o conselho de Gilberto é utilizar o 13º salário com os gastos de início do ano. “Matrícula escolar, impostos como IPTU e IPVA, material escolar são alguns desses gastos. Com o 13° nós podemos pagar todas essas despesas e fugir dos parcelamentos”, orienta.

Por fim, se a ideia é investir nas férias, o economista sugere utilizar a gratificação para não voltar do descanso com mais dívidas. “Negociar hotel, passagens, alimentação e separar um dinheiro para compra de alguns presentes”, aconselha.

Ele sugere ainda investimento em capacitação, caso não tenha plano para férias. “Para capacitação, as escolas podem conceder alguns descontos com pagamento antecipado. Em resumo, fuja dos parcelamentos de longo prazo”, ressalta Flores.

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