Joana Sarmento de Matos. Foto: El País.

A morte da juíza Joana Sarmento de Matos, da Vara de Execuções Penais de Boa Vista, em Roraima, foi decretada pelo Primeiro Comando da Capital de dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. A ordem foi encontrada rabiscada na tampa de um marmitex apreendido durante uma revista nas celas.

Em reportagem para o jornal espanhol El País, ela conta que para garantir a própria segurança, há seis anos só anda de carro blindado e colete à prova de balas, sempre com a escolta de dois policiais militares armados com fuzis, que a acompanham em casa, no trabalho e até no salão de beleza.

“É algo que acontece com o juiz, não é incomum. Mas em um Estado de fronteira é muito, muito problemático. Se você for olhar a situação aqui [Roraima] e no Paraná [faz fronteira com o Paraguai], por exemplo, vai ver que magistrados são ameaçados em maior proporção. Estados que são rotas [de tráfico de drogas]”, diz ela, que conta já ter recebido dezenas de ameças.

Joana é juíza em Boa Vista, responsável por todas as decisões que envolvem a vida dos presos do Estado: quem pode sair, quem muda de regime por bom comportamento e quem vai para a tranca dura por cometer infrações. Ela é ameaçada de morte por três facções criminosas: PCC, Comando Vermelho, e a venezuelana Sindicato. Para garantir sua segurança, há seis anos só anda de carro blindado e colete à prova de balas. Sempre com a escolta de dois policiais militares armados com fuzis, que a acompanham em casa, no trabalho e até no salão de beleza.

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