Foto: Felipe Werneck

O período de calor intenso em Roraima já chegou, e com ele, chegam também as queimadas, que além de destruírem a vegetação e causar transtorno a moradores, podem trazer também prejuízos milionários. De acordo com estudo divulgado na última semana pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o estado é o quinto do país que mais sofre prejuízos com os incêndios. Só os danos diretos chegaram a R$ 47 milhões entre 2016 e 2021, enquanto o Brasil registrou destruição pelas chamas estimada em R$ 1,1 bilhão.

Ainda de acordo, o custo de cada ponto de queima em Roraima chegando a R$ 1.253,acima da média nacional, que é de R$ 1.048. O estudo foi realizado a partir de informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com os relatos de prejuízos de municípios à Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), que é quem confirma decretos de situação de emergência ou calamidade e também dos ministérios do Desenvolvimento Regional, Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.

Conforme o estudo, as atividades e setores que mais sofreram no Brasil foram a pecuária, com perdas da ordem de R$ 658 milhões, seguida por agricultura (R$ 144 milhões), custos de instalações públicas danificadas e destruídas, (R$ 103 milhões), indústria (R$ 50,2 milhões) e habitações danificadas ou destruídas, (R$ 17 milhões).
Outros prejuízos trazidos pelas queimadas podem não ser totalmente relatáveis. A CNM indica que há, por exemplo, diversas consequências ambientais. Como “aumento da liberação de dióxido de carbono, uma das principais causas do aquecimento global. A destruição da vegetação e dos habitats naturais. Erosão e perda de produtividade do solo. Perda da absorção do solo, aumentando os índices de inundações. Poluição de nascentes, águas subterrâneas e rios por meio das cinzas”, afirma a entidade
O fogo que na maioria das vezes é criminoso e ocorre por ação do homem também impacta na flora, fauna e qualidade de vida humana, segundo a entidade. “Pode causar extinção de espécies endêmicas, mortandade de animais, problemas respiratórios para população local, redução da biodiversidade, alterações drásticas das características ambientais, reduzindo as possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre e da flora, facilitação dos processos erosivos, redução da proteção dos olhos d’água e nascentes, perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou por contusões, desabrigados e desalojados e a redução das oportunidades de trabalho relacionadas ao manejo florestal”, avalia

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