Foto: divulgação

Trabalhadores da saúde que prestam serviços para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) procuraram o Roraima 1 para denunciam que estão sendo mantidos obrigados nos polos há cerca de 10 dias. De acordo com eles, a empresa que tem o contrato para a prestação de serviço de táxi aéreo se recusa a tirar os profissionais das comunidades da região de Barcellos, no Amazonas.

Além disso, eles reclamam que ficaram sem mantimentos e estão sem condições de trabalho. Em um áudio enviado a equipe de reportagem, uma servidora que preferiu não se identificar afirmou que está na região há 10 dias além do esperado.

“Nem a empresa e nem a Sesai se manifestam para resolver a situação.  Eles alegam que o helicóptero deu pane e os aviões que atendem a gente estão para Boa Vista.  Terão mais remoções e a gente vai ficar de novo aqui. Nem o helicóptero e nem o avião vão querer descer em nenhum lugar aqui da região”, relatou a servidora.

Ela relata que está apreensiva pelo retorno, pois recebeu a informação de que o filho está doente. “A vontade que dá é de mover um processo contra essa empresa, contra a Sesai, é uma falta de respeito isso que fazem com a gente. Nossas coisas ficaram lá na pista, pois são mais de 15 minutos de caminhada e eu não vou mais voltar aqui pra pegar. Estão tirando o nosso direito constitucional de ir e vir”, lamentou.

Dsei Yanomami 

Por meio de mensagem, o coordenador do Dsei-Y, Rômulo Pinheiro, informou que os pagamentos da empresa que realiza a logística aérea estão em dia e que não há essa situação de não retirar os profissionais.

“Trabalhamos na maior reserva indígena do Brasil, e a mais complexa, sabemos que temos que melhorar muitas coisas, mas o Dsei-Y vem trabalhando incansavelmente para melhorar, principalmente naquilo que remete a estrutura. Essas denúncias não chegaram até a mim, os profissionais de saúde sabem que podem falar comigo, a qualquer momento”, disse Pinheiro em um trecho da mensagem.

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