Menina Yanomami diagnosticada com desnutrição. Foto: Centro de Documentação Indígena/Divulgação

A situação de abandono em que o povo Yanomami vive em Roraima renderá a Jair Bolsonaro (sem partido) mais uma denúncia na Corte Internacional de Haia, por crime de genocídio. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição, vai apresentar esta semana nova denúncia contra o presidente, que já é alvo de outras ações em que é acusado de genocídio no tribunal.

No domingo (14), a reportagem de Alexandre Hissayassu, Alexandro Pereira e Valéria Oliveira para a Rede Globo, mostrou a vulnerabilidade dos 30 mil indígenas Yanomamis que vivem em Roraima, em meio a doenças, rios contaminados e garimpos ilegais.

O senador informou ainda que apresentará nesta terça-feira (16) uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) no STF para obrigar o governo Jair Bolsonaro a tomar medidas de proteção ao povo Yanomami.

Randolfe quer que o ministro Luís Roberto Barroso, que já relata uma ação sobre a omissão do governo federal no atendimento a indígenas na pandemia, determine que o governo apresente em 10 dias um plano de socorro aos indígenas.

O plano deve conter ações para coibir atividades ilegais, socorrer as crianças vítimas de malária e desnutrição, além de atender os idosos.

Randolfe ressaltou o absurdo de o governo ter enviado às aldeias durante a pandemia 60 mil comprimidos de cloroquina, comprovadamente ineficaz contra a Covid-19, e agora o remédio faltar para tratar malária, conforme mostrou a reportagem.

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