Foto: AFP

A seleção brasileira venceu na quinta-feira (11) a Colômbia por 1 a 0, com gol marcado aos 26 minutos do segundo tempo por Lucas Paquetá, e garantiu classificação para a Copa do Mundo de 2022 com cinco rodadas de antecedência nas Eliminatórias — são seis jogos se levado em conta aquele contra a Argentina que foi suspenso, na mesma Neo Química Arena que recebeu a noite da vaga.

O Brasil chega aos 34 pontos somados e não pode mais ser ultrapassado pela própria Colômbia, que estaciona com 16 na quinta colocação.

A próxima rodada das Eliminatórias será disputada na terça-feira (16). O Brasil visita a Argentina em San Juan às 20h30. Meia hora mais cedo os colombianos jogam como mandantes diante do Paraguai.

Melhor: Paquetá além do gol feito

A finalização digna de um artista da bola coroou a atuação consistente do meia da seleção. Mais do que o gol, foi um jogo sólido, com demonstração de versatilidade, atuando pela esquerda, depois pela direita e por fim como articulador mais centralizado. Lucas Paquetá mostra que não é só dancinha. Tem talento e entendimento com Neymar, de quem recebeu o passe para assegurar a vitória sobre os colombianos.

E, lembrando os tempos de Flamengo, a comemoração também teve participação de Vini Jr. Azar de Reinaldo Rueda, justamente o treinador que consolidou Paquetá no profissional do time rubro-negro, em 2017. No contexto da seleção, Paquetá toma conta da titularidade, independentemente do desenho que Tite escolher ou da situação do jogo.

Pior: Gabriel Jesus amplia jejum

Tudo bem que a Colômbia congestionou bem o setor defensivo, mas o atacante da seleção brasileira mais uma vez ficou devendo. Substituído aos 18 minutos do segundo tempo, ele se afobou nas poucas chances de finalização que teve, não conseguiu sintonia com Neymar e o timing com os jogadores de ponta. Na hora que saiu, parte da torcida até soltou uma vaia, não tão ostensiva. Mas que aponta uma certa carência por alguém que realmente tome conta da posição na seleção.

Tite fez mudanças ofensivas

Escalado com o mesmo sistema de jogo que deu certo contra o Uruguai, com Raphinha aberto pela direita, Lucas Paquetá na esquerda e Gabriel Jesus e Neymar centralizados, o Brasil foi melhor que a Colômbia no primeiro tempo, mas não o suficiente para criar vantagem. A Colômbia dificultou demais o jogo de toques curtos e rápidos do ataque brasileiro, com marcação justa na última linha e, em caso de dúvida, falta atrás de falta, repetindo o expediente do jogo de ida.

De chance boa só mesmo uma bola na trave de Danilo depois de jogada de Raphinha e um chute de Luis Diaz e um cabeceio de Marquinhos pra fora. Normalmente exigente, a torcida paulista aplaudiu o esforço da seleção no primeiro tempo.

Tite mudou no intervalo com Vini Jr na vaga de Fred e a ideia de desamarrar o jogo. Daí vieram Antony e Matheus Cunha no Brasil antes da primeira metade do segundo tempo, e o gol finalmente saiu, além de mais uma série de chances criadas com base na velocidade dos pontas. Um caminho promissor para o time comandado por Tite.

O gol

O Brasil marcou aos 26 minutos do segundo tempo. Numa saída de bola da Colômbia de Tesillo pelo alto, Marquinhos se antecipou e encontrou Neymar na entrada da área. O camisa 10 fez o passe de primeira que quebrou toda a marcação adversária e achou Paquetá, que finalizou também de primeira, com o pé direito.

Público médio e dificuldades para entrar

À venda por apenas uma semana e com baixa divulgação, os ingressos para Brasil x Colômbia sobraram nas bilheterias. Apenas o Setor Norte do estádio, que praticou o menor preço a R$ 300 a inteira, ficou lotado. Havia clarões nos setores que cobraram entre R$ 600 e R$ 800, principalmente o Sul, que parecia quase totalmente vazio. A baixa venda de ingressos fez a CBF doar cerca de 8 mil para profissionais de saúde indicados pela Prefeitura e pelo Governo de São Paulo na véspera do jogo, o que elevou o número de presentes para pouco mais de 22 mil.

Além da baixa adesão de torcedores, houve dificuldade de acesso ao Setor Norte da Neo Química Arena. O local de entrada ficou lotado de pessoas até pelo menos 35 minutos do primeiro tempo.

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