A Confederação Nacional do Transporte (CNT) emitiu uma nota à imprensa nesta quinta-feira (9) informando que não apoia a paralisação feita por caminhoneiros em todo o Brasil. Em Boa Vista, pelo segundo dia consecutivo, o quilômetro 482 da BR-174 permanece interditado por um grupo de caminhoneiros autônomos.
Ainda na quarta-feira (8) a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) repudiou as paralisações em todo o Brasil. Da mesma forma, nesta quinta-feira (9), foi a vez da CNT. De acordo com a nota, a entidade máxima de representação do setor afirma desconhecer o teor da pauta desses profissionais.
Confederação afirma que bloqueios podem prejudicar a economia
Conforme a CNT, os bloqueios poderão causar graves dificuldades no transporte de produtos de primeira necessidade, como por exemplo, alimentos, medicamentos e combustíveis.
“Os bloqueios nas rodovias, alerta a Confederação, podem provocar sérios transtornos à atividade econômica, impactando diretamente o abastecimento das cidades brasileiras, em um contexto ainda marcado pela pandemia da covid-19”, diz a CNT em trecho da nota.
CNT pede apoio de governos e da PRF
A CNT conta com a ação dos governos federal e estaduais para assegurar às empresas de transporte rodoviário de cargas o seu pleno exercício. Nesse sentido, a entidade espera que a Polícia Rodoviária Federal [PRF] trabalhe na retirada dos bloqueios e garantir a segurança nas nossas estradas.
Ainda conforme a nota à imprensa, a Confederação enviou ofício, nesta quinta-feira (9), ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, solicitando que o órgão adote todas as medidas para assegurar o direito de ir e vir e de livre circulação nas rodovias em todo o Brasil.
Bolsonaro pede que caminhoneiros liberem estradas
O fim dos bloqueios também é um anseio do presidente Jair Bolsonaro. Nesta quinta-feira (9) o chefe do Executivo gravou um áudio que circula em grupos de aplicativos de mensagem pedido aos caminhoneiros que liberem as estradas do país. Na mensagem, o presidente afirma que a ação “atrapalha a economia” e “prejudica todo mundo, em especial os mais pobres”.
O protesto em apoio ao presidente e contra os consecutivos aumentos no preço dos combustíveis levou os roraimenses a correrem para os postos de gasolina na noite desta quarta-feira (8).
O movimento permaneceu na manhã desta quinta-feira (9). Muitos dos que enfrentaram filas quilométricas temiam um possível desabastecimento. Alguns postos na Capital já estão sem gasolina.