Uma ação integrada entre policiais civis e militares em Alto Alegre resultou na apreensão de um adolescente de 15 anos, apontado como autor do latrocínio do comerciante José Correia de Abreu, de 76 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 24 de julho, em Alto Alegre. A vítima era padrinho do adolescente.
De acordo com informações prestadas pelo delegado titular de Alto Alegre, Wesley Costa Oliveira, a vítima tinha um bar em Alto Alegre denominado “Bar do Zé”. Na noite anterior ao crime, ele chegou a telefonar para uma pessoa da cidade para que fosse pela manhã limpar o bar. A mulher ao chegar encontrou o estabelecimento fechado.
Como o bar passou toda a manhã fechado, familiares e amigos estranharam e acionaram a Polícia Militar. Em seguida, após diligências no local foram encontrados sangue e o corpo da vítima, totalmente ensanguentado. O homem levou 39 facadas. O corpo foi removido ao IML (Instituto de Medicina Legal) e o caso passou a ser investigado.
Os policiais civis e militares compartilharam informações e conseguiram localizar anteontem, em um terreno baldio uma bermuda, uma blusa e duas facas envolvidas em um pano de prato e sujas de sangue.
As investigações apontaram que a roupa apreendida pertence a um adolescente de 15 anos, afilhado da vítima e que foram reconhecidas pela mãe dele. Após diligências, os policiais localizaram o adolescente que foi ouvido na Delegacia e confessou o crime, afirmando ter praticado sozinho.
O adolescente contou que é integrante de uma facção criminosa e que chegou a morar na casa do padrinho, tendo trabalhado com ele. Disse que na noite do crime foi ao bar e pediu dinheiro ao padrinho, que se negou a lhe dar e teria lhe xingado. Disse ainda que a vítima teria se apossado de uma faca para lhe matar e, para se defender o feriu. Depois do crime, o adolescente pegou uma roupa do padrinho, trancou toda a casa e fugiu do local.
Após o crime, o adolescente foi visto em festas e chegou a comprar um telefone celular. Familiares dele afirmam que ele não tinha recursos para comprar o aparelho. Outro detalhe, é que ele tatuou o nome do padrinho e a data da morte dele em seu tórax, na lateral direita.
Para o delegado Wesley Oliveira apesar de confessar ter cometido o crime sozinho, a Polícia tem dúvidas e acredita que ele contou com a participação de outras pessoas integrantes da facção criminosa a que pertence. Os familiares da vítima, afirmaram que o comerciante havia vendido uma terra e estava com R$ 30.000,00 guardados na casa e o dinheiro não foi localizado.
Após a confissão do adolescente, o delegado representou pela apreensão do dele, que foi deferida pela Justiça e ele será encaminhado ao CSE (Centro Sócio Educativo).
“Vamos continuar as diligências para sanar todas as dúvidas que temos em relação à autoria e até mesmo a motivação do crime, que para a Polícia Civil, foi latrocínio”, disse o delegado.