Foto: Secult | Artur Mesquita que foi contemplado pelo edital Dagmar Ramalho

“Aqui começa o país. Boa Vista, Amazônia, Roraima. Uma semente raiz. Extremo norte Caburaí. É Brasil”. Assim começa o trecho da canção “Super Lua” que homenageia a cidade de Boa Vista. A música é de autoria do cantor Artur Mesquita que foi contemplado pelo edital Dagmar Ramalho de música realizado pelo Governo de Roraima, por meio da Secretaria de Cultura, com recursos da Lei Aldir Blanc.

O projeto ‘Apenasmente Artur Mesquita’ possui dez músicas inéditas com letras autorais, e segundo Mesquita, foi criado para que o público atual conheça esse músico que está há mais de 40 anos dedicando sua vida à música regional. “Além disso, esse novo trabalho é voltado também para Boa Vista, particularmente”, explicou.

Ele conta que as letras são dedicadas ao cotidiano de quem nasceu e de quem escolheu Boa Vista para morar. “Nas minhas músicas eu abordo os temas regionais e da minha terra, tenho sido bastante agraciado de bênçãos e tenho feito lindas canções de Boa Vista e de Roraima. O chão de Roraima me fez passar por muitos momentos inspiradores”, contou.

Além dele, Boa Vista também foi fonte de inspiração para a artista plástica venezuelana Irmailys Adriana Hernandes que mora na Capital há quase quatro anos. Ela foi contemplada pelo edital Anísio Fernandes, também da Lei Aldir Blanc.

“Para mim é um privilégio olhar esses monumentos lindos, essas paisagens que os boa-vistenses têm. Para mim é uma semente que tem que ser cultivada e expandida. O meu projeto a princípio ficou com uma exposição de artes visuais e foi realizada no bairro Senador Hélio Campos”, detalhou.

As obras fizeram parte de uma exposição de desenhos inspirados em prédios conhecidos da Capital. “Tivemos muitas visitas, mas muitas pessoas não reconheciam esse tipo de atividade sendo feitas nesses bairros distantes do Centro, então para mim, foi muito importante fazer essa exposição e, por que a arte e a cultura precisam ser reforçadas em todos os cantos da nossa cidade com movimentos significativos para não ser esquecida”, relatou.

Quem também recebeu apoio para lançar um show com músicas inspiradas na Capital, foi o músico Kell Silva, com o pocket show “Canto para a minha terra”. No trabalho, o artista buscou uma musicalidade regionalista retratando a origem “macuxi” de ser.

“Essa paixão que eu tenho sobre escrever sobre a nossa cidade, os nossos costumes, ela vem desde a minha infância de ouvir as histórias do meu pai me contando de como tudo começou, de como as pessoas viviam antigamente, então isso realmente me fascinava, e quando eu comecei no mundo da música, isso aflorou demais. Eu vendo outros artistas que fazem música regional escrever sobre todo esse cotidiano e cenário foi uma das minhas inspirações, e hoje, eu como roraimense preciso de fato ainda mais contribuir com a nossa cultura e nossa musicalidade”, relatou.

“Foram mais de 480 projetos contemplados na Capital e no Interior, com aplicação de aproximadamente R$ 11 milhões na economia roraimense. Com esse investimento, conseguimos observar uma série de atividades culturais, tais como: eventos, shows, lançamento de livros, álbuns, filmes e documentários, todos produzidos por artistas de Roraima”, disse o secretário de cultura do Estado, Sherisson Oliveira.

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