A 1ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro informou que, em conjunto com a Polícia Federal, desativou sete garimpos ilegais na Comunidade Indígena Palimiú entre os dias 12 de maio e 4 de junho.
Foi feita a inutilização de 35 motores para garimpagem, 10 geradores/motores de energia, 1 embarcação, 4500 l de óleo diesel, 1 solda elétrica e a apreensão de 50 munições Cal 20, 4 munições Cal 38 e 750 g de mercúrio.
A ação faz parte da primeira fase da Operação Palimiú, que ocorre em conjunto com a Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/Yanomami), que ocorre na comunidade e nas áreas de garimpos ilegais nas proximidades.
Equipes compostas por militares e agentes também prestaram atendimento de saúde e assistência social. Outro resultado da ação foi a distribuição de medicamentos para malária, doenças respiratórias e ferimentos leves, bem como o atendimento de saúde para 30 indígenas.
“A FUNAI atendeu as principais demandas sociais apresentadas pela comunidade indígena”, acrescentou o Exército, no balanço da Operação.
O Exército Brasileiro informou que continuará realizando operações na Terra Indígena Yanomami, principalmente na região da Comunidade Indígena Palimiú “com o objetivo de impedir a presença de não indígenas que praticam a mineração ilegal”.
Operação Palimiú – O objetivo é investigar as ações de garimpeiros ilegais contra a comunidade indígena e combater os crimes ambientais de garimpo que provocavam a degradação do meio ambiente no entorno de Palimiú.
As áreas selecionadas para as ações contra o garimpo ilegal foram levantadas pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) através de uma infraestrutura tecnológica composta por subsistemas de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas e plataformas de coleta de dados.
Histórico – No último mês, indígenas da comunidade de Palimiu, na terra Yanomami, sofreram uma série de ataques vindo de garimpeiros que atuam de forma ilegal na região.
Diversas entidades, como a Hutukara Associação Yanomami (HAY), pediu aos órgãos federais apoio logístico e instalação de posto emergencial na comunidade de Palimiu para manutenção da segurança na região.
– Todo mundo sabe que o garimpo só existe nas áreas indígenas porque há a cumplicidade das chamadas lideranças indígenas, que vendem o “by pass” permitindo a atividade. A denúncia só surge quando o “cala-boca” não é efetivado.
– Assim, apesar da seriedade e dos esforços da Polícia Federal e do Exército Brasileiro, isso só acaba se eliminarem essas pseudo lideranças indígenas ou vão continuar “enxugando gelo”.