Microempreendedores podem encontrar dificuldades para quitar dívidas com o fisco. Foto: SupCom ALE-RR/arquivo

Dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que mais de 620 mil micro e pequenas empresas foram criadas em 2020. Em comparação com 2019, o aumento de aberturas foi de 6%.

Apesar do crescimento, a falta de conhecimento sobre gestão financeira pode minar a existência do negócio. O consultor financeiro Cláudio Munhoz orienta microempreendedores sobre a importância do planejamento financeiro para o negócio.

Finanças pessoais x finanças da empresa

“Um dos erros mais comuns que os autônomos cometem é juntar as finanças pessoais com as finanças da empresa. Este erro pode custar bem caro para o empreendedor, inclusive com a falência, dado que não se sabe ao certo se o negócio está dando lucro ou prejuízo e se faz sentido continuar a empreender ou não”, inicia.

“Para corrigir esta situação, o autônomo deve tratar separadamente o controle financeiro empresarial e pessoal”, comenta Claudio. Sendo assim, o consultor recomenda a criação de contas correntes separadas para PF e PJ e orienta que todas as movimentações financeiras devem ser feitas cada qual na respectiva conta.

Pró-labore

O pró-labore consiste em um valor definido para ser o “salário” do empreendedor. A definição do pró-labore é interessante, pois assim o autônomo se adequa aquele valor mensal e organiza sua vida pessoal de acordo com o que retira tal qual fosse um salário fixo.

Com o pró-labore bem determinado, a empresa também se beneficia, pois assim o controle financeiro do negócio não é prejudicado com oscilações da vida pessoal do microempreendedor.

De acordo com Cláudio, essa organização é importante para ambos os lados. Entretanto, antes de definir o pró-labore, é preciso que você avalie quais são os custos da empresa.

Planejamento financeiro da empresa

“Na verdade, um planejamento pessoal e um empresarial não diferem muito na sua construção, mas sim nas premissas e no plano de contas”, diz Cláudio.

No caso do plano de gastos para um planejamento pessoal inclui-se moradia, alimentação, transporte, educação e lazer; enquanto o planejamento empresarial considera custos diretos, custos indiretos, despesas administrativas e despesas gerais. Para criar o planejamento empresarial, alguns aspectos devem ser considerados, tais como: quantidade de funcionários e salários; quantidade de vendas por produto; preço de vendas de cada produto; sazonalidade de cada produto/serviço; custo fixo por produto; custo variável por produto/serviço e despesas.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here