Foto: Divulgação

O novo Boletim Infogripe, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a queda de número de novos casos dá indícios de que não está mais ocorrendo em Roraima em Boa Vista que dão indícios de que as quedas não estão mais acontecendo e que as atualizações podem estagnar em valores muito superiores aos picos da primeira onda, em 2020. Os dados foram publicados nessa quinta-feira (22)

Além de Roraima, há tendência de diminuição da curva no Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Já entre as capitais, Boa Vista apresenta o mesmo indício e está juntamente na lista com, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Macapá, Manaus, Natal, Teresina e Curitiba.

Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Roraima registrou 94.769 casos e 1.472 mortes por Covid-19. Desse total, 71.953 foram constatados na capital, com 1.132 óbitos.

Na avaliação do coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, o levantamento acendeu um alerta. “Causa grande preocupação esses estados e capitais apresentarem uma interrupção na queda estando em valores muito altos. O simples fato de parar de estabilizar não garante tranquilidade”, explicou Gomes

O ritmo é atribuído às flexibilizações que, aos poucos, têm contribuído para aumentar a mobilidade social, principal fator que, na avaliação de especialistas, contribui para a transmissão da covid-19. “Enquanto não se chegar a um valor baixo não se poderia falar em retomada”, alertou o coordenador.

Dos outras 23 unidades federativas, apenas o Maranhão não está com sinais de queda, mas de platô (estabilização) em altos patamares. Mas, caso haja uma liberação de atividades descoordenada, sem considerar os indicadores, a tendência é de que os ritmos de declínio se estabilizem nas alturas, com números muito mais dramáticos do que em 2020, testando diariamente a capacidade dos hospitais, sem alívio ao sistema de saúde e, como consequência, diminuindo a capacidade de um bom e adequado atendimento aos novos pacientes.

“É recomendável cautela quanto a eventuais relaxamentos das medidas de distanciamento enquanto a redução não for suficiente para uma retomada segura às atividades”, afirma Gomes, acrescentando que o tempo mínimo para se verificar uma tendência de queda é de duas semanas observando os números baixarem.

As novas análises se referem aos dados da semana epidemiológica 15, entre 11 e 17 de abril, a partir dos casos positivos para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em que cerca de 90% dos casos são associados à covid-19.

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