Foto: Marcos Oliveira/AFP

O senador e ex-vice-líder do governo, Chico Rodrigues (DEM-RR), é mais um dos parlamentares favoráveis à CPI da Covid. O congressista foi flagrado no ano passado com cerca de R$ 30 mil escondidos na cueca durante uma busca e apreensão feita pela Polícia Federal no âmbito da Operação Desvid-19, que apurou desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia em Roraima.

O senador retomou suas funções em fevereiro deste ano após 121 dias de afastamento e nega as acusações. Ao voltar ao Congresso, Chico Rodrigues declarou que “nenhum centavo das emendas foi utilizado” e que reassumia seu cargo “com a consciência tranquila”.

Os partidos Cidadania e a Rede Sustentabilidade pediram a cassação do mandato de Rodrigues ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, do qual o senador era membro. Em 20 de novembro, Chico Rodrigues pediu 121 dias de licença do mandato como estratégia para sair de foco após a operação.

O presidente do Conselho de Ética, senador Jaime Campos (DEM-MT) enviou uma representação para a advocacia do Senado, para que um parecer jurídico fosse elaborado sobre o pedido de abertura de processo, mas até o momento a resposta não foi encaminhada.

OPERAÇÃO DESVID-19

No dia 14 de outubro, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagrou uma operação que investiga desvios de recursos direcionados para o combate ao coronavírus. Um dos alvos da operação era Chico Rodrigues. Os mandados foram ordenados pelo Supremo Tribunal Federal. A CGU estimou que os desvios chegaram a R$ 20 milhões.

Quando da operação, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva de Chico Rodrigues, mas o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou. Ele determinou somente o afastamento do parlamentar, por 90 dias. Pressionado, porém, por colegas do Senado, o político de Roraima resolveu pedir suspensão das funções por 121 dias.

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