O Ministério da Saúde quer priorizar a vacinação em estados atingidos pela nova cepa do coronavírus e que estejam com o sistema de saúde comprometido, a informação é da CNN Brasil. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve apresentar um novo plano de vacinação aos governadores nesta quarta-feira (17).
De acordo com a emissora, a pasta quer vacinar toda a população dos estados do Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e Pará. Roraima seria o segundo na lista proposta pela pasta federal. A estratégia para esses estados seguiria paralelamente ao Plano Nacional de Imunização (PNI).
As unidades de saúde de Roraima destinadas a atender pacientes com Covid-19 estão perto da superlotação. Dos 90 leitos de UTI no Hospital Geral de Roraima (HGR), 85 estão ocupados, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau). O estado confirmou 19 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas e chegou ao total de 995 óbitos desde o início da pandemia. O total de infectados é de 77.967 pessoas.
No entanto, conforme a emissora, os governadores de outros estados não devem aceitar a proposta e alegam que priorizar estados na distribuição de vacinas e imunização pode impactar ainda mais a vacinação no país e incentivar que moradores de outras regiões do país venham aos estados prioritários para serem vacinados.
A expectativa do Ministério da Saúde é receber ainda neste mês de fevereiro 10 milhões de doses prontas da vacina da AstraZeneca, que estão na Índia. O novo plano de vacinação do ministério vai contar com o apoio das Forças Armadas. A ideia é que os militares apoiem o plano de vacinação seguindo o mesmo modelo que é adotado durante o período eleitoral.
O Exército ficará responsável pela distribuição da vacina, por sua segurança e pela montagem dos pontos de vacinação por colégio eleitoral em todo o Estado. Nas zonas eleitorais, a orientação será a mesma já repassada pelos postos de saúde: a população deve apresentar apenas documento com foto e o cartão de vacinação.