Os estudantes Ayla Rocha, Hagatha Vitória e Pedro Carneiro formam a única equipe medalhista da região Norte do país na 12ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. O resultado foi divulgado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizadora do evento, nesse domingo (22).
Roraima ganhou uma medalha de bronze com a equipe CSI-RR, formada pelos alunos do 9º ano da Escola Estadual Euclides da Cunha, localizada no Centro de Boa Vista. Equipes de 12 estados brasileiros foram premiadas. Das 90 medalhas distribuídas, 64 foram para a região Nordeste.
Ao Roraima 1, a professora orientadora da equipe, Herika do Valle, contou sobre a participação na Olimpíada e a vitória para o estado.
“Ainda em uma aula presencial, no início do ano, eu falei para os alunos a respeito da olimpíada e da possibilidade de chegarmos até São Paulo, na Universidade de Campinas”, disse a professora.
Ao todo, cinco equipes da escola se inscreveram, mas somente uma chegou à final e medalhou. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a final do evento foi realizada de forma on-line.
Herika comemora a premiação e disse que para os alunos foi um divisor de águas. “Foi a primeira vez deles em uma olimpíada científica, bem como da escola”, afirmou a professora, que há 15 anos ministra aulas de história e este é o primeiro ano na escola Euclides da Cunha.
A equipe de Roraima competia com alunos de escolas federais e particulares.
“Isso foi uma conquista muito boa, tanto para os alunos que exerceram com maestria, com excelência a questão do protagonismo estudantil, no qual fizeram ir além daquilo que foi preconizado nos livros didáticos, quanto à questão da realização profissional e pessoal. Não é fácil chegar a uma final de olimpíada científica e medalhar”, declarou a professora Herika do Valle
Sobre a Olimpíada de História
A Olimpíada Nacional em História do Brasil é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Campinas, desenvolvido pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, alunos de pós-graduação e de graduação.
Uma das mudanças realizadas nesta edição foi a criação da “fase zero”, que teve caráter experimental para que os participantes pudessem se adaptar à plataforma e novos prazos, além de conhecer o formato da competição. Os participantes também puderam realizar a prova de forma off-line e usar a internet somente para fazer o envio das respostas.
A Olimpíada de História contou com seis fases on-line, com duração de uma semana cada. As questões de múltipla escolha e realização de tarefas foram respondidas pelos participantes por meio de debate com os colegas, pesquisa em livros, internet e orientação do professor.
Sobre a prova, a professora Herika contou que não existe um tema específico. “São todas as histórias do nosso imenso Brasil, independente da região ou do tempo. Tem questões da pré-história aos dias atuais”, revelou.