Foto: divulgação

Para as pessoas com deficiência, Boa Vista é uma cidade que oferta pouca acessibilidade nas ruas, nos órgãos públicos e ainda carece de políticas de inclusão e assistência efetivas. Esse relato foi feito na noite desta quinta-feira, 24, por cadeirantes, representantes de entidades e mães de pessoas com deficiência, durante roda de conversa com o pré-candidato a prefeito de Boa Vista, Ottaci (Solidariedade), e a pré-candidata a vice-prefeita, Lenir Rodrigues (Cidadania).

Durante a conversa, as mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) transtorno autista fizeram relato emocionado sobre a dificuldade que enfrentam para que seus filhos recebam assistência médica especializada, terapias complementares e educação inclusiva.

Daniella Menezes é mãe de uma criança com autismo e faz parte da Associação de Pais e Pessoas com Autismo em Roraima (Uppa-RR). No bate-papo, ela relatou problemas como a falta de profissionais capacitados para atender os alunos autistas na rede municipal de ensino.

“Nas instituições de ensino, de modo geral, a precariedade de profissionais capacitados, para atender as pessoas dentro do espectro autista, limita o desenvolvimento dessas crianças e essa é uma realidade também no município de Boa Vista”, afirmou.

Ottaci afirmou que é possível ter uma cidade inclusiva, que ofereça igualdade para todos.

“A saúde é a grande prioridade da população e nós estamos ouvindo todos os segmentos, como as mães dos autistas aqui presentes, para atender essas demandas mais específicas. O Centro Municipal Integrado de Educação Especial precisa ser fortalecido”, disse.

A pré-candidata a vice-prefeita, Lenir Rodrigues (Cidadania), ressaltou que aos cinco anos de idade ficou um tempo sem poder andar e falar e conhece, por experiência própria, os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência, principalmente durante a infância.

“Eu sei as dificuldades da pessoa com deficiência e de seus familiares, por isso, desde o início da minha vida pública, a inclusão e acessibilidade sempre fizeram parte da minha luta. Sou pedagoga de formação e sei da missão que é alfabetizar de forma digna as crianças com deficiência física ou intelectual’’, destacou.

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