Foto: Agência Brasil

Uma pandemia que exige que nos distanciemos para preservar a saúde uns dos outros e, por consequência, provoca mudanças radicais no mercado de trabalho. O coronavírus é motivo de preocupação mundial e tem causado transformações profundas, principalmente em Roraima.

Os que foram para o home office, ganharam o tempo que gastavam se locomovendo para o emprego que, agora, pode ser destinado a outras finalidades. No entanto, várias atividades passam a não existir. Pessoas foram demitidas ou afastadas do trabalho durante a pandemia, elevando o índice de desemprego a 16,3% em Roraima, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Empreendedores que se veem sem serviço porque foram obrigados a fechar ou porque os clientes sumiram.

Tudo isso resulta numa massa de profissionais com mais intervalos ociosos pela frente para realizar cursos de capacitação. Caso, por exemplo, da estudante Julienny Pereira, de 17 anos, que aproveitou o tempo livre, sem aulas, para fazer um curso online de arquivologia.

“Eu já estou chegando nos meus 18 anos. Com um curso, vai ser mais fácil parar conseguir um emprego porque já vou estar mais estudada e com certeza se eu quiser um bom enprego eu tenho que ter bons cursos”, explicou a jovem.

Apesar do lado triste da situação, a jovem encontrou no ensino à distância uma saída para aproveitar bem o tempo.

“Eu acredito que posso conseguir um emprego com o curso. Gosto do conteúdo e é uma função bem específica, que quase não tem mercado aqui. É um ambiente em expansão”, complementou a jovem.

CURSO

Julienny se inscreveu no fim de agosto pelo Instituto Abel Mangabeira, que também teve o cenário modificado pela pandemia. De acordo com o idealizador do curso, o professor Abel Mangabeira, abrir o conteúdo dos cursos, antes presenciais, e aumentar a oferta, foi uma opção para capacitar quem precisa de oportunidade ou quer se capacitar no mercado de trabalho.

“Muitos dos que se inscrevem estão sem ocupação e querem uma capacitação rápida já para se inserir no mercado e tentar algo a curto prazo, como o curso de maquiagem ou o designer de sobrancelhas, por exemplo. Outros já estão inseridos no mercado e querem aprender habilidades para ficarem mais atualizados”, explica o professor.

A plataforma, criada após a pandemia, em parceria com o instituto de Minas Gerais, oferece mais de 220 cursos virtuais. O usuário se cadastra e pode fazer quantos cursos  quiser. O valor pago no curso é apenas para a emissão do certificado de conclusão. De acordo com o professor, desde março, a plataforma já conta com 2,5 mil alunos.

“Queremos  manter os cursos disponíveis mesmo com o fim da pandemia, porque é uma nova opção que tem surtido resultados positivos. A ideia agora é pensar em uma forma para aumentar a oferta de cursos e conseguir atingir um público maior”, finaliza o professor.

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