Romero Jucá não aceita até hoje ser chamado de ex-senador e age como se fosse prefeito (Foto: Divulgação)

O ex-senador Romero Jucá (MDB) aposta excessivamente na falta de memória da massa jovem do eleitorado como parte de seu projeto para voltar a um mandato político. Por isso, tem aceitado sugestões desesperadas de sua equipe de marketing para  mudar sua forma de dialogar com o público por meio das redes sociais.

Jucá está crente que isso pode engabelar o público que começou a engatinhar na política como eleitor, investindo em se parecer com os jovens, ora surgindo de camiseta para mostrar suas tatuagens (ainda que de gosto duvidável) e até mesmo se sujeitou a gravar um vídeo saltitando, como se fosse um adolescente fazendo seus vídeos divertidos, mas, no caso dele,  o fez parecer um menino adulto birrento que aceitou fazer algo só porque foi obrigado.

O resultado desse vídeo é que ele mostra o que um político tradicional é capaz de se submeter para tentar disfarçar para que os jovens esqueçam ou não descubram quem ele representou no passado, do governo dos militares ao seu salto na Nova República, quando foi abraçado pelo coronelato nordestino que chegou ao poder, em Brasília, e o que ele é no presente.

Esse é o fato mais importante neste exato momento: o que Jucá hoje representa na política, embora não tenha sido reeleito senador. Por seu envolvimento ativo nos grandes esquemas da política, especialmente na Petrobrás, passou a responder a vários processos no Supremo Tribunal Federal (STF), alcançando o vergonhoso placar de 12 processos na mais alta Corte judicial brasileira.

A aparição do então senador nas seguidas reportagens nos telejornais brasileiros sobre os escândalos da Lava Jato (inclusive com o vazamento da gravação tramando o golpe no governo para enterrar a Operação Lava Jato ou falando de suruba) terminou por refletir na campanha eleitoral, quando ele saiu derrotado.

Agora, com o “novo normal” tendo na ponta a internet, o ex-senador – que não aceita ser tratado como ex – faz de tudo para retomar seu projeto baseado na sede pelo poder político e econômico. Ele sabe que será difícil mudar a mentalidade dos adultos com opinião formada e que já conhecem seu passado e presente.

Pela fixação do ex-parlamentar com os jovens, especialmente os adolescentes que vão pela primeira vez às urnas, é nesse público que ele aposta, mesmo se passando por ridículo por sugestão de sua equipe de marketing. A lógica é que sempre deu certo, na política, se passar por quem não é.

Exemplos disso estão especialmente nas práticas que lhe renderam seguidas eleições, como defesa na liberação de garimpo, enquadramento de ex-servidores do Território, matriz energética e posicionamento anti-indígena. Tudo era engodo. Então o jogo virou a partir de quando as pessoas passaram a ter acesso à internet e deixaram de depender da (des) informação da mídia local.

É por isso que Jucá investe na inocência política dos jovens. Mas ele esquece que essa adolescência já vive um “novo normal” há um certo tempo. Eles não estão ligados na grande ou pequena imprensa e nem se informam de maneira tradicional nas redes sociais. Eles são craques nos memes (algo que os políticos desonestos abominam) e conhecem muito bem os políticos por suas aparições nos escândalos, que logo viram memes.

Será preciso muito mais que fotos e vídeos engraçadinhos para entrar no “novo normal” desses jovens. Do jeito que Jucá está desesperado pelo poder,  ele corre o risco de se tornar o patético tiozão para a turma jovem acostumada aos memes e um ridículo político que perdeu a eleição,  agora aceitando ser experimento e brinquedinho de marketing, já que suas repetidas promessas não têm o mesmo efeito de antes.

Sua última chance de não cair como a patetice dos jovens e a ridicularidade do eleitor adulto é a prefeita Teresa Surita (MDB), quem ele manobra do jeito que quer, inclusive se fazendo passar de prefeito indo inaugurar obras e dizendo que tudo está acontecendo de bom em Roraima seria graças a ele. Teresa nunca conseguiu se livrar do jugo de Jucá, por isso cai na sua lábia que é o último recurso para voltar a ter um mandato outra vez.

O tempo e o eleitor dirão…

*Colunista

1 comentário

  1. É muito ridículo um sujeito desses, volta pra Pernambuco pra gastar o dinheiro roubado do povo de Roraima safado, tu tem que ir pra cadeia bandido safado e ladrão.

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