Diante do debate sobre a manutenção ou não da proibição de reajustes para o funcionalismo público até 2021, o Tesouro Nacional divulgou relatório que aponta que quase metade da Receita Corrente Líquida em Roraima vai para pagamento de salários e encargos.
O Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) divulgado ontem (20) apontou que o estado destinou 48% da receita para os pagamentos. A parcela é a menor entre os estados, mas ainda suficiente para mostrar o aperto das contas. O estado teve também o maior crescimento das despesas, com 24% a mais de gastos em relação ao segundo bimestre deste ano.
O governo do Estado, no entanto, afirmou que os gastos vem diminuindo. Em nota, informou que reduziu a receita líquida os gastos com a folha de pagamento dos servidores em 2020. Segundo a Secretária de Fazenda, em novembro de 2018, a despesa líquida com pessoal em relação a receita Corrente Líquida era de 53,6%.
“Por meio de uma série de medidas eficazes na gestão do governo Antonio Denarium, sem perder a eficiência nos serviços prestados para a população, no terceiro bimestre de 2020, o Relatório Resumido de Execução Orçamentária apontou uma redução para 48%, ou seja, dentro dos limites da LRF”, avaliou o Executivo, desconversando sobre os impactos da derrubada do veto nas contas do estado.
No entanto, de acordo com o Centro de Liderança Pública (CLP), o estado deve fechar o ano dentro do limite legal para gastos com pessoal. O estudo estima que mesmo com os efeitos da pandemia de coronavírus, Roraima deve fechar o ano com 59,6% da folha destinada aos gastos com servidores, no limite dos 60% determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.