No início de julho, a jornalista Ellen Ferreira se afastou de suas tarefas na Rede Amazônica, afiliada da Globo em Roraima, por ter contraído Covid-19. Hoje (23), ao voltar ao trabalho, foi surpreendida com os papéis de sua demissão. Em entrevista ao site Metrópole, Ellen explica que a diretoria alegou reestruturação, mas ela acredita que a denúncia de assédio contra o diretor de jornalismo foi o que engatilhou seu desligamento.
“Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico. Praticava assédio moral e sexual, deixou toda a equipe doente. Uma moça da TV Anhanguera [Goiás] chegou a tentar se matar por causa dele”, disse.
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Ellen conta que o superior a chamava de gorda, repugnante, que se vestia mal. “Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele”, explica. Quando chegou em seu limite, mandou um e-mail para Ali Kamel, diretor de jornalismo da Rede Globo e, acredita que isso piorou ainda mais a situação.
Com outros funcionários que também eram assediados, a jornalista reuniu um dossiê e enviou ao Sindicato dos Jornalistas de Roraima. Edison foi demitido e a reportagem tenta ouvi-lo. O espaço está aberto. A Rede Amazônica informou ao site Metrópoles que a demissão da apresentadora foi motivada por uma reestruturação na afiliada.