Uma família de Boa Vista foi surpreendida pelo fechamento de estradas e aeroportos na Colômbia por conta do coronavírus desde fevereiro. Em Medellín e com pouco dinheiro, a família pede ajuda do governo federal para retornar ao Brasil.
Os irmãos, Carlos Eduardo Ruiz e Serah Ohana Ruiz, desembarcaram em Letícia, na fronteira com o Brasil, em 20 de fevereiro, na companhia dos pais, Juan Carlos Ruiz Vargas e Leila Almeida de Ruiz. A data de retorno estava marcada para o dia 12 de maio, mas foram surpreendidos por decisões do governo colombiano
“Viemos tirar vistos de estudo para mim e para minha irmã e passarmos umas férias. Por conta do coronavírus, não deu tempo de fazer nada. Até hoje os órgãos do governo colombiano estão fechados”, afirma Carlos Eduardo, um dos irmãos.
Em março, o presidente da Colômbia, Ivan Duque, anunciou a proibição a entrada de nenhum passageiro de outros países –nem mesmo se forem colombianos. Dias antes, a Colômbia já havia determinado também o fechamento das fronteiras. Há a previsão de que os aeroportos abram em setembro, mas não há nada definido. Dados do Itamaraty apontam que 5,6 mil brasileiros, espalhados por mais de 86 países estão aguardando uma ajuda para voltar para casa.
Carlos relata também que os vistos estão com a data vencida, o que dificulta o retorno ao Brasil. “Nossos vistos do passaporte estão vencidos. Eram de 90 dias, já estamos há mais de quatro meses”, conta o jovem.
Desde fevereiro, a família consegue se manter no país, arcando gastos com alimentação e moradia. No entanto, não conseguem juntar dinheiro para comprar novas passagens quando os aeroportos reabrirem no país vizinho.
“Cada passagem custa 600 dólares. Nós estamos há de cinco meses aqui arcando com comida e aluguel. Não temos condição de pagar 3 mil por passageiro”, finaliza Carlos Eduardo.
A reportagem entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores e aguarda retorno.
