Ainda na audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Roraima nesta quarta-feira (17), o representante da Justiça Federal, o juiz Helder Girão Barreto, usou o tempo de fala para dizer que todos os malfeitos da saúde em Roraima serão apurados e os responsáveis por esses atos, responsabilizados.
“Eu quero dizer que daqui para frente não haverá malfeitos na saúde de Roraima. […] Eu sigo lamentando que pessoas inescrupulosas aproveitem esse período de pandemia e de excepcionalidade na contratação pública, para lucrar com a morte das pessoas”, declarou.
“Louvo a iniciativa do desembargador Mozarildo [Cavalcante, presidente do Tribunal de Justiça de Roraima], em abrir mão de verbas do Poder Judiciário para ajudar nesse momento de dificuldade. Convido o Ministério Público Estadual para que abra mão das verbas que dispõe, excedentes, para que essas verbas sejam destinadas à saude […] Eu recomendo às autoridades estaduais que ouçam menos as recomendações do Ministério Público Estadual. O MPE não foi eleito para governar ou administrar esse Estado”, disse, em referência ao resgate de mais de R$37 milhões por parte do Ministério Público de Roraima, para ‘readequação e reaparelhamento da instituição’, como já veiculado aqui no Roraima 1.
O representante da Justiça Federal em Roraima ainda pediu a união de esforços e pediu que vaidades políticas fossem colocadas em segundo plano, e a manutenção de vidas fossem priorizadas.
“Eu peço encarecidamente ao Ministério Público de Contas e ao Tribunal de Contas do Estado, que, cautelarmente, determinem a suspensão de qualquer obra que esteja em andamento no Estado e nos municípios, sobretudo na capital, que não se relacionem diretamente com a saúde pública. É inadmissível que obras continuem como se tudo estivesse na maior normalidade. Eu peço, por fim, aos órgãos controladores que fiscalizem o atendimento prestado ao público”, finalizou.
Procurado para comentar as declarações do juiz, o Ministério Público Estadual ainda não se manifestou. O espaço está aberto.
Foi necessário o TJ tomar a iniciativa, com três meses de liberdade de ação, em um momento em que as contratações dão-se, com controle precário, e, por consequência, exigia, desde o princípio, o estabelecimento desses cuidados hora impostos. Verdadeiramente, muitas vidas seriam poupadas, se tivéssemos médicos nos postos de saúde para a medicação preventiva, em uso nas redes privadas de saúde. Verba não faltou.
Sobre a manifestação do Exm° Juiz Federal Dr. Helder Barreto, congratulações para S. Exa. É vergonhosa, se não ilegal e oportunista que a Prefeitura, no auge da pandemia em nosso Estado, com tantas mortes e tanta angústia no seio do povo roraimense, após um verão inclemente, em pleno inverno que já se manifesta rigoroso, porque restaurar asfalto e fechar ruas e avenidas, submetendo pais de famílias a trabalhar debaixo de chuva, correrem o risco de contrair o corona vírus ou qualquer outra doença? É mais do que lógico que podemos entender como uma campanha antecipada da Sra. Prefeita ás eleições municipais deste ano. Já perdeu meu voto e ganhou um crítico a mais em sua carreira.
Investigação é tudo que o povo roraimense quer e precisa que tenha excelência. Ñ aguentamos mais tantas vidas ceifadas pelo desrespeito daqueles que foram eleitos para nos representar,na primeira oportunidade saqueiam os cofres públicos no pior momento em estamos vivendo. Ache os culpados e faça os pagar pelos seus erros, claro ñ trará mais inúmeras vidas de volta mais acalentara muitos corações que estão despedaçados por tantas perdas sem direito ao mínimo de dignidade.