Deputados que integram a CPI da Saúde pediram detalhes, durante oitiva realizada na tarde desta quinta-feira (18), ao representante da Empresa Quantium, sobre a compra de equipamentos de proteção individual feitas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Os parlamentares disseram que a pasta abriu mais de uma licitação para a compra dos mesmos itens no início da pandemia.
No caso das máscaras, o mesmo item foi fornecido ao Governo com uma diferença de R$12 entre as duas empresas. Enquanto o preço unitário da empresa Haiplan foi de R$53, na Quantium cada item saiu por R$41. Também chamou atenção dos deputados que enquanto a primeira empresa afirma ter comprado os itens por até R$1,45 a segunda diz ter feito a compra por R$21.
Para o relator da CPI, deputado Jorge Everton (MDB), é preciso esclarecer o motivo dessa disparidade. “Não está claro para a CPI o rito que foi adotado, e também algumas circunstâncias, como por exemplo, o empenho de R$ 10 milhões, e por que o Governo não comprou com a Quantium se o preço dela era melhor”, disse.
O empresário afirmou que apesar de ter feito a entrega, até hoje não recebeu pagamentos. “Dia 13 emiti a nota inteira, nós entregamos tudo pra depois cobrar, até agora não recebemos nada”, informou a testemunha.
Até o final da semana que vem, 20 pessoas serão ouvidas pelos parlamentares. O presidente da CPI da Saúde, deputado Coronel Chagas, destacou que as informações apuradas até o momento já resultaram na suspensão de contratos que juntos somam R$ 70 milhões.
“Em diversos itens já foi comprovado o superfaturamento e agora queremos os detalhes de cada uma dessas situações para ajudar o Estado a melhor aproveitar os recursos públicos neste momento em que o cidadão tanto precisa”.
Nesta oitiva participaram os deputados Coronel Chagas (PRTB), presidente da CPI; Nilton Sindpol (Patri) vice-presidente; Jorge Everton (MDB), relator e os integrantes Eder Lourinho (PTC) e Renato Silva (Republicanos) e por videoconferência, Lenir Rodrigues (Cidadania).