Foto: Divulgação

 

A prefeita Teresa Surita (MDB) tenta, de todas as formas, exirmir-se da responsabilidade no atendimento ao público frente ao coronavírus. É como se a Prefeitura de Boa Vista não tivesse a obrigação de fazer o atendimento primário, com testes e medicamentos, atividade essa essencial que não vem sendo realizada como deveria. E tem gente que acredita nisso, que a Prefeitura não tem culpa de nada.

Historicamente, a Prefeitura ignorou essa obrigação do atendimento básico, jogando a responsabilildade para o Hospital Geral de Roraima (HGR), cujas condições já conhecemos muito antes da migração venezuelana. E optou por investir na estética, como se a população nunca fosse precisar de atendimento de saúde prioritário nos postos de saúde.

A irresponsabilidade com o atendimento ao público é tão flagrante a ponto de a prefeita fechar os postos de saúde por causa de um feriado religioso, como se não estivéssemos em um momento de excecpionalidade, com a Covid-19 matando a população por falta de um atendimento digno que deveria começar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Um absurdo que não tem justificativa.

Para tentar expiar suas culpas e desviar a atenção para as suas responsabilidades, a prefeita decreta luto de três dias pelas vítimas da pandemia, como se isso fosse confortar as famílias pelo descaso com a saúde pública que começa no postos de saúde e termina no HGR, transformado num depositário de doentes.

Mais uma vez, a prefeita não pode sair de boazinha ou de vítima, como historicamente ela fez para fugir de suas responsabilidades. Ela optou por uma cidade fantasiosa, que não serve a ninguém neste momento quando a prioridade é fazer teste do coronavírus e ter medicamentos de forma imediata.

Teresa igrnou a saúde pública, mandando fazer fachadas em vez de estrutura adequada, com corpo de servidores condizente com o crescimento populacional e, mais recentemente, com a explosão demográfica devido à chegada em massa de venezuelanos, além de estoque de medicamentos para atender qualquer demanda a qualquer tempo.

Que batam palmas para nossas praças cheias de cores, flores e gramas. Que comemorem uma nova orla que vai custar mais de R$70 milhões. Que se encandeiem com as luzes e cores dos prédios bonitos. Que façam selfies no complexo Ayrton Senna. Mas que não esqueçam que tudo isso foi às custas de uma saúde pública deficitária, que hoje serve para aumentar o sofrimento das pessoas nas filas implorando por atendimento!

*Colunista

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