Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nesta semana, apontou Roraima como o estado com o pior índice de avaliação de medidas para o distanciamento social entre as demais unidades da federação.
A análise feita pelo instituto vai de índices de 0 a 10, em que 10 é o mais restrito. Roraima ficou com índice 3,3, empatado com os estados da Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins. O levantamento analisa a relação entre as ações do Governo para a prevenção do novo coronavírus na aplicação do distanciamento e isolamento social, entre 27 de abril a 10 de maio.
O Estado está sob decreto de calamidade pública, publicado no dia 16 de março, que entre outras ações, restringe o funcionamento de atividades não essenciais. Em Boa Vista, a prefeitura publicou decreto de estado de emergência, em que adota medidas semelhantes ao decreto estadual.
No entanto, as ações não tem surtido efeito entre a população, já que o índice de isolamento social em Roraima está em 42,2%, o sétimo menor entre os estados, de acordo com levantamento realizado pelo Inloco, que considera dados de celulares usados pela população. O índice é menor que os 50%, o mínimo recomendado de isolamento para tentar conter o coronavírus.
Na parte de cima do levantamento ficaram os estados do Ceará (9,2), Pernambuco (8,3), Alagoas (7,5), Amazonas (7,5) e Rio Grande do Norte (7,5).
Segundo o economista e pesquisador responsável pelo documento, Rodrigo Fracalossi de Moraes, “as medidas de distanciamento tem sido cada vez mais uma resposta à gravidade da epidemia, em uma determinada área geográfica, do que uma medida preventiva que poderia evitar um cenário de epidemia mais grave”, disse o pesquisador na nota técnica.
O estudo apontou ainda que o efeito das medidas legais de distanciamento social na população brasileira diminuiu a partir de março. O Ipea analisou os períodos entre 23 a 27 de março e 4 a 8 de maio, o isolamento caiu 20% em todo o país.
