Ao contrário da gasolina, que vem registrando quedas sucessivas em Roraima nos últimos meses, o preço do botijão do gás de cozinha de 13 kg não segue o mesmo caminho. De acordo com o último balanço divulgado pela Agência Nacional do Petróleo nessa segunda-feira (28), o preço médio chegou a R$ 84,21. Os valores são calculados pela ANP com dados coletados em postos de venda. Em Roraima, apenas Boa Vista teve distribuidoras pesquisadas.
O valor é segundo mais caro do país entre todos os estados, perdendo apenas para o Mato Grosso (R$ 95,46). Quando analisado o período entre fevereiro e abril deste, a queda do preço do botijão em Roraima foi um pouco mais de 0,01%. No mesmo período, a gasolina, também afetada pela queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional, recuou 10% no estado, chegando a R$ 3,69.
Para que o consumidor garanta a economia na hora da compra é preciso pesquisar entre os pontos de venda, mas há pouca variação de preços entre um local de venda e outro. Dos 24 estabelecimentos pesquisados, o gás mais barato foi encontrado nos bairros Bela Vista e Senador Hélio Campos, enquanto os mais caros foi identificado em bairros como Raiar do Sol, São Bento e Araceli, onde a botija de 13 kg chegou a R$ 85.
DEMANDA
Para o economista Paulo Henrique Silva, apesar da queda do preço do petróleo, gasolina e gás de cozinha precisam ser analisados de forma diferente, já que a demanda por gás de cozinha é diferente da demanda por combustível.
“O consumo de gás se manteve estável ou até aumentou. Independentemente se os restaurantes estão funcionando ou não, as pessoas estão em casa e continuam cozinhando e usando o gás, então isso mantém a demanda alta. Até porque também muitos vão abrir mão de delivery também, porque o preço não é tão vantajoso”, avalia o economista.
“A tendência, então, é contrária a da gasolina, já que muitos não estão saindo. Quando a oferta é alta e a busca é baixa, o preço tende a cair. O que não vem acontecendo com o gás”, complementa Paulo Henrique.