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Cresceu o número de famílias que não têm como honrar as próprias dúvidas em Roraima. A análise feita pela Fecomercio tem com base a PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC. O estudo mostra que em Roraima, no mês de abril deste ano 61,9% das famílias roraimenses estavam endividadas.

O indicador que apresentou o pior resultado em abril foi o de famílias que não podem pagar suas contas, atingindo valor de 6,2% e crescendo 786% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa 5,8 mil famílias”. A afirmação é economista da Fecomércio-RR, Fábio Martinez.

Em números absolutos existem 57,5 mil famílias endividadas em Roraima, que comprometem em média 29,9% da sua renda familiar com essas dívidas, que tem um prazo médio para acabar de 7,2 meses. Dentre os principais tipos de dívida estão: Cartão de crédito (43,8%); carnê de lojas (42,3%); crédito pessoal (13,0%); crédito consignado (9,5%); e financiamento de carro (7,4%).

Houve também aumento no número de famílias inadimplentes, saindo de 31,2% em março para 32,2% em abril, rompendo assim uma sequência de quatro meses seguidos de quedas. Ao todo existem 29,9 mil famílias inadimplentes em Roraima.

Para o Presidente do Sistema Fecomércio/RR, Ademir dos Santos, “vivemos um momento mundialmente difícil por conta do coronavírus. Os empresários já sentem os efeitos do isolamento social e o número de pessoas desempregadas deve aumentar. Solicitamos medidas emergenciais para ajudar nesse momento a saúde financeira das empresas e com isso evitar um número ainda maior de famílias endividadas e sem condições de pagar as contas básicas”, disse. 

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a renovação da alta do endividamento neste mês se baseou na ampliação do crédito ao consumidor. “A crise com a covid-19 impõe ao governo a adoção de medidas de estímulo ao crédito, na tentativa de manter algum poder de compra dos consumidores. A queda expressiva dos juros e da inflação reduz, respectivamente, o custo do crédito e a pressão sobre a renda, incentivando o endividamento”, explica Tadros, reforçando a importância de se viabilizarem prazos mais longos para os pagamentos ou alongamentos das dívidas, além da busca por iniciativas mais eficazes para mitigar o risco de crédito.

“Assim, os consumidores poderão quitar suas contas em dia sem maiores dificuldades, afastando a piora nos indicadores de inadimplência, nos meses à frente”, conclui. 

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