Foto: divulgação/ Redes sociais

A imagem do governador Antonio Denarium carregando na cabeça uma caixa  de papelão com material que chegou para os profissionais de saúde é a concretização do que vem sendo dito aqui: o oportunismo com o novo coronavírus que ameaça a população.  Nem na desgraça os políticos perdem a oportunidade.

Já existe um movimento nacional para cancelar as eleições municipais deste ano não como forma de proteger as pessoas do contágio da doença, mas um truque astucioso para que prefeitos e vereadores se mantenham no cargo por mais um ou dois anos, uma vez que a proposta usada como argumento seria a unificação das eleições em 2002.

Sempre os políticos agiram com oportunismo em busca de votos, seja explorando a pobreza ou grandes tragédias. Faz parte do DNA da política brasileira, que mantém currais e bolsões de pobreza, a exemplo da sertão nordestino, onde historicamente os políticos se beneficiaram na formação de currais ou mantendo a indústria da corrupção, como fez a família Sarney no Maranhão, de onde levas de famílias partiram para o Norte e outras regiões do país, fugindo da pobreza a fim de recomeçarem suas vidas.

Foi assim que os maranhenses chegaram a Roraima. Desta forma também  nordestinos de várias regiões buscaram a construção de um sonho em São Paulo, onde pejorativamente são chamados de “paraíbas”.  A pobreza desse povo expulsou gente de seu lar e submeteu à exploração eleitoral  quem ficou, sendo mantido pelo oportunismo dos políticos.

O coronavírus fez emergir com força esse mal que acomete a velha política brasileira que se alimenta da ignorância, da desinformação, do medo ou mesmo da esperteza a que o povo foi habituado pelos próprios políticos.  O governador carregando caixa na cabeça é uma cena que faz parte do pacote eleitoreiro, como beijar crianças e velhos, distribuir cesta básica ou, como no momento atual, distribuir equipamentos de segurança contra a pandemia que assusta as pessoas.

A demagogia faz parte da vida política desde os primórdios. Em Roraima, muita coisa já mudou. Não faz muito tempo, os eleitores ficavam de plantão durante a madrugada, nas vésperas de eleição, em frente de suas casas ou nas esquinas, esperando que os candidatos aparecessem para comprar seus votos. Hoje já não se vê mais isso abertamente, como se fosse uma feira-livre do voto.

Com o avanço da tecnologia, da informação e com mais oportunidades de acesso à educação em todos os níveis, a tendência é melhorar. Já avançamos muito. Quem sabe, depois que essa pandemia passar, mais cidadãos despertem para a realidade política a fim de melhorar e combater as mazelas.  Quem sabe  tudo isso possa servir para depurar a política também.

*Colunista

1 comentário

  1. Tudo começou com o Otomar,o brigadeiro como muitos o chanavam e até brigavam por ele, na época havia distribuição de peixe, bucho bovino e brinquedos no dia das crianças e Natal eu lembro que ninguém podia dizer que o brigadeiro era feio que a porrada comia e assim continuou com os políticos atuais , vejam o Jucá ladrão e bandido safado tá esperando 2022 pra se candidatar ao senado porque esses senadores são todos chupa sangue do povo.

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