O sétimo suspeito de matar a pedradas o indígena José Carlos Amaro da Conceição, de 24 anos, foi preso por policiais na tarde desta terça-feira (31) na Comunidade de Vista Alegre, zona rural de Boa Vista, onde estava escondido.
Raiadilson Freire de Lima, 21, foi preso por policiais do Grupo de Resposta Imediata (GRI) com apoio de uma equipe do 5º Distrito Policial. Ele foi apresentado no 3º DP e autuado em flagrante pela delegada Simone Arruda.
Para o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), delegado Marcos Lázaro, a prisão da sétima pessoa envolvida no crime encerra os trabalhos na Polícia Civil, uma vez que houve “uma resposta rápida e enérgica da equipe, que agiu de forma integrada, continuada e ininterrupta para que o acusado não ficasse impune”.
“Foi um crime terrível, cruel e covarde que impossibilitou a defesa da vítima. É importante ressaltar que o sucesso das investigações para identificar, localizar e prender o sétimo envolvido no crime é decorrente da resposta imediata da Polícia Civil às demandas e que a resolução do crime se deveu à ativa colaboração da comunidade, circunstância que deve ser buscada, por todos, em qualquer situação”, disse o diretor.
O crime
Seis indígenas, entre eles, dois adolescentes, foram detidos na madrugada desta terça-feira (31) suspeitos de matar a pedradas José Carlos Amaro da Conceição. O crime aconteceu na Comunidade de Vista Alegre, zona rural de Boa Vista.
De acordo com a delegada Eliane Gonçalves, o tuxaua chamou a Polícia Militar e relatou o que havia acontecido no local. Quando os militares da Força Tática chegaram, os seis suspeitos já estavam detidos por membros da comunidade.
O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (30), mas todos só foram levados para a delegacia nesta terça-feira (31). Foram detidos Pablo Almeida Braz, de 26 anos, José Carlos Dias Coelho, 19, Paulo Ney da Silva Dias, 36, Alexandre Dias Coelho, 21, e dois adolescentes de 17 anos.
Durante uma bebedeira, houve um desentendimento entre a vítima e Raiadilson Freire de Lima que, para se defender, pegou uma pedra e desferiu vários golpes na cabeça de José Carlos, que começou a sangrar e caiu. Eles o colocaram numa geladeira vazia e a arrastaram até uma área de mata. Quando perceberam que o jovem ainda estava vivo, o apedrejaram novamente e, logo em seguida, atearam fogo no corpo.