Um medicamento utilizado no tratamento de doenças como lúpus e malária, a hidroxicloroquina, começou a faltar em farmácias e drogarias da capital. Em um dos estabelecimentos, o responsável técnico, informou que a demanda pelo medicamento, que custa em média R$80, começou a aumentar depois que notícias de estudos sobre a eficácia deste remédio no tratamento do Covid-19 começaram a ser divulgados.
“A automedicação sempre é uma atitude irresponsável, independentemente da doença. Este não é um medicamento simples, seguro, pra tomar de qualquer forma. Não existe a recomendação para este fim e a própria Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] já se posicionou informando que não era pra utilizar a medicação dessa forma. O que acontece é que pessoas que realmente necessitam deste medicamento estão ficando sem ele”, informou o farmacêutico Alan Frade.
Na farmácia em questão, o medicamento esgotou esta semana. Em outro estabelecimento no bairro São Francisco, por telefone, o balconista informou que todas as versões do produto acabaram. “Teve cliente aqui que levou pra estocar. Ficamos sem”, disse.
Efeitos colaterais
Os estudos que comprovam a eficácia do medicamento ainda estão sendo concluídos e alguns pacientes relataram melhora no quadro de sintomas. Entre os efeitos colaterais estão alterações cardíacas, arritmias, hipoglicemia e alterações na visão.
Conforme o farmacêutico Alan Frade, a melhor prevenção é lavar as mãos com água e sabão, utilizar álcool gel para as limpeza das mãos e superfícies e sobretudo, ficar em casa e respeitar esse momento de quarentena.