Uma guianense com histórico de viagem recente para os Estados Unidos morreu nesta quarta-feira (11) no Hospital Público de Georgetown, na capital da Guiana, país que faz fronteira com o Brasil. A mulher de 52 anos retornou no dia 5 de março de Nova Iorque, nos Estados Unidos, com familiares. As informações são do site Guyana Chronicle.
O presidente David Granger, em uma declaração nesta quarta, confirmou que esse foi o primeiro caso importado de covid-19 em Georgetown. Ele disse que a mulher se apresentou ao sistema público de saúde em 10 de março, cinco dias após sua chegada a Guiana.
De acordo com Granger, na ocasião, a paciente foi internada com a diabetes fora de controle e com um quadro de hipertensão. Ela acabou morrendo por volta das 8h no Georgetown Public Hospital Corporation (GPHC).
Antes da confirmação, ocorrida na noite de quarta, de que a mulher estava com coronavírus, autoridades de saúde da Guiana informaram que ela apresentava sintomas de gripe e tinha voltado de uma viagem feita a um país de “alto risco” para a doença, o que as levou a fazer na paciente todos os testes para o coronavírus.
Uma amostra clínica foi coletada e enviada por volta das 10h para o Laboratório Nacional de Referência, onde testes confirmaram o diagnóstico de covid-19. O presidente da Guiana disse que logo em seguida uma equipe foi enviada para a casa da vítima para avaliações e medidas de saúde pública.
Granger destacou que como parte das medidas para evitar o risco de disseminação da comunidade, as autoridades de saúde realizarão identificação e rastreamento de contatos para todas as possíveis pessoas expostas, conduzindo reuniões com a equipe do GPHC e implementando as intervenções necessárias.
Até esta quinta-feira (12), havia 28 pessoas sendo monitoradas na Guiana. Desde que o Ministério da Saúde guianense iniciou a campanha de monitoramento em janeiro, cerca de 97 foram monitoradas; 64 delas eram da China, enquanto 34 eram de outros países de alto risco. Com exceção da mulher que morreu na quarta-feira, todas as pessoas, que foram monitoradas até agora, tiveram resultado negativo para o coronavírus.