Segundo investigações, ao ter conhecimento de que sua prisão havia sido decretada, no início de 2019, ex-vereador fugiu de Roraima Foto: Divulgação

A pedido do Ministério Público de Roraima (MPRR), a Justiça da Comarca de São Luiz, no Sul do Estado, condenou o ex-vereador e ex-conselheiro tutelar de São João da Baliza Gilmar Moreira Santos, conhecido como “Bozo”, a 107 anos de reclusão. Ele foi sentenciado por estupro, inclusive de vulnerável, praticado por 6 anos, repetidas vezes, contra as enteadas hoje com 18 e 20 anos.

A mãe das vítimas, Mary Cely da Silva, também foi condenada a 67 anos e oito meses de reclusão pelo crime de estupro, uma vez que tinha conhecimento dos abusos praticados pelo companheiro. A sentença foi dada pelo juiz titular da comarca, Pedro Machado Gueiros, em fevereiro deste ano, e ainda cabe recurso.

Segundo a denúncia oferecida em fevereiro de 2019 pelo promotor de Justiça substituto à época, Joaquim Eduardo dos Santos, o primeiro crime – estupro de vulnerável – ocorreu quando uma das vítimas tinha 11 anos de idade. De acordo com depoimento dela, os abusos se intensificaram a partir dos 14.

A irmã mais velha detalhou ainda que muitas vezes se submetia aos abusos para proteger a mais nova, pois a adolescente também era forçada a manter relações sexuais com o padrasto. As duas vítimas relataram que os abusos passaram a ser diários e violentos, todos com o conhecimento da mãe.

O promotor de Justiça substituto da Comarca de São Luiz, Felipe Hellu Macedo, atualmente acompanha o caso. Para ele, a condenação do casal é exemplar, apesar de não impedir as graves sequelas deixadas nas jovens.

“Considero exemplares as penas aplicadas. Essa região vive um triste cenário em que parece comum a prática de crimes contra vulneráveis. Nesse sentido, essa decisão vem em boa hora, demonstra que estamos atentos e atuaremos firmes no combate a essa espécie de criminalidade mais baixa, que retira das vítimas a sua infância e traz consequências para o resto de suas vidas”, destaca o promotor.

Ex-vereador foi preso em Rondônia

Segundo as investigações, ao ter conhecimento de que sua prisão havia sido decretada, no início de 2019, o ex-conselheiro tutelar fugiu de Roraima, no entanto, foi preso em abril do mesmo ano pela polícia, em Rondônia, onde continua preso.

Sua ex-companheira, Mary Cely da Silva, foi presa em fevereiro de 2019, e permanece na Cadeia Pública Feminina de Boa Vista.

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