O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, chega a Boa Vista nesta quarta-feira (12) para tratar dos problemas decorrentes da imigração no Estado. Na última semana, houve um agravamento da crise com cinco dias de conflitos entre brasileiros e imigrantes após uma adolescente de 15 anos ter sido estuprada em Pacaraima por um venezuelano que, reconhecido por testemunhas, foi preso por policiais militares.
A vinda do general ao Estado foi acertada após reunião com o governador Antônio Denarium (sem partido) ontem (11), em Brasília. Os detalhes da visita a Pacaraima, que contará também com a presença do ministro da Justiça, Sérgio Moro, foram discutidos por Denarium e Mourão nesta terça-feira. Eles saíram de Brasília às 8h (horário local) e devem chegar a Roraima por volta das 12h30. O vice-presidente destacou que a vinda ao Estado “demonstra a preocupação do governo federal com a questão imigratória”.
“Com a imigração desordenada de venezuelanos, nós temos problemas na saúde, educação, segurança e infraestrutura. Tudo que está acontecendo em Pacaraima, nós estamos repassando para o governo federal. Atendendo ao nosso pedido, o vice-presidente, ele irá a Pacaraima, onde vai conhecer a Operação Acolhida. Temos de fazer um trabalho conjunto para que ações positivas que beneficiem a população de Roraima possam acontecer”, afirmou Antônio Denarium.
A vinda do ministro Sérgio Moro ao Estado já estava agendada. Ele chega na noite desta quarta-feira e participa de um evento organizado pelo Ministério Público de Roraima. A de Mourão, conforme assessoria do governo, foi marcada após os conflitos ocorridos em Pacaraima.
Na agenda, está prevista a visita a abrigos de venezuelanos em Boa Vista nesta quarta-feira e amanhã (13), em Pacaraima. O vice-presidente segue para o município no Norte de Roraima acompanhado de María Teresa Belandria, embaixadora escolhida pelo autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. Ela saiu de Brasília na manhã desta quarta-feira no mesmo voo em que estavam Hamilton Mourão e Antônio Denarium. Segundo o governo estadual, eles não irão ao país vizinho.