Foto: Ilustração/Marcello Casal jr/Agência Brasil

Começa a vigorar neste sábado (1º) o novo valor do salário mínimo. A medida provisória que fixa em R$ 1.045 o salário mínimo foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (31). De acordo com a MP, o valor diário do salário mínimo ficará em R$ 34,83; e o valor por hora, em R$ 4,75. Roraimenses que ganham salário mínimo comemoram.

A aposentada Roscicler Moura, 78, vive somente do valor do salário mínimo há 13 anos. “Eu preciso comprar muitos remédios por conta da minha saúde debilitada. só com os medicamentos gasto cerca R$ 400 todos os meses. Fora isso, preciso comprar alimentos que só eu consumo na casa, como frutas específicas, leite e carne magra. O aumento foi pouco, mas esse valor à mais vai me ajudar muito.”

O servidor público Henrique Dias, 28, que também será beneficiado com o aumento do salário mínimo conta como o novo valor vai ajudar nas contas de casa. “É pouco, mas em um orçamento apertado qualquer acréscimo é válido. Acredito que vai dar pra comprar comidas melhores e que não chegaremos no final do mês sem nada, vai sobrar alguma coisa até receber de novo no mês seguinte. A gente trabalha tanto que um aumento é sempre gratificante.”

Novo Salário Mínimo na Economia

Estimativas divulgadas pelo governo apontam que cada R$ 1 a mais no salário mínimo resulta em um aumento de R$ 355,5 milhões nas despesas públicas. Ao todo, o reajuste do salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045 terá impacto de R$ 2,13 bilhões para o governo neste ano. Isso porque o mínimo está atrelado a 80% dos benefícios da Previdência Social, além de corrigir o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego, entre outros.

Além disso, há um impacto de R$ 1,5 bilhão decorrente da elevação do valor do salário mínimo em relação ao valor original enviado no Orçamento de 2020, de R$ 1.031.

Até o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses dois anos.

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