A atriz Regina Duarte aceitou parcialmente o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial da Cultura do governo federal. Nesta segunda-feira 20, o presidente foi até o Rio de Janeiro para convidar a atriz a assumir o cargo no lugar de Roberto Alvim, que na quinta-feira 16 publicou um vídeo nas redes do governo com referências nazistas.
Assim que Alvim foi demitido, Regina foi cogitada por Bolsonaro para assumir o cargo. Não foi a primeira vez que a atriz foi sondada para o cargo, mas diferente das outras, dessa vez ela aceitou fazer um “teste”.
Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Regina disse que vai fazer um teste e vai ‘noivar’ com o governo. “Quero que seja uma gestão para pacificar a relação da classe com o governo. Sou apoiadora deste governo desde sempre e pertenço a classe artística desde os 14 anos”, afirmou a atriz.
Uma artista à direita
Regina Duarte é famosa por se declarar publicamente favorável a políticos de direita. No segundo turno das eleições de 2002, ela gravou um vídeo em campanha para o então candidato do PSDB, José Serra.
Regina também participou abertamente dos protestos em apoio ao processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, não economizou comemorações públicas: em uma postagem no Instagram, publicou uma foto com a bandeira do Brasil com os dizeres “Todo poder emana do povo”.
Em entrevistas à imprensa, também se posicionou favoravelmente à gestão do presidente Jair Bolsonaro para a área da cultura. Se aceitar o convite, Regina entra no cargo após a exoneração de Alvim, como consequência do episódio em que o então secretário reproduziu discurso nazista em vídeo institucional.