Dados do último boletim epidemiológico emitido pela Sociedade Venezuelana de Saúde Pública indicaram que dezessete estados daquele país estão entre as áreas com alto risco para a transmissão da febre amarela. Um caso da doença foi confirmado em um indígena da cidade de Kamarata, pertencente ao Parque Nacional Canaima.
Em razão desse panorama preocupante, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), por meio da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), dará início na próxima segunda-feira, dia 6, a um plano de ação com foco na sensibilização da população roraimense sobre a importância da vacinação contra a doença.
“Como Roraima faz fronteira com a Venezuela, é preciso ficar em alerta, mas para isso, nós temos que evitar que a nossa população contraia a febre amarela e a única forma de evitar a doença é a vacinação”, destacou Nathália Vargas, Gerente do Núcleo Estadual de Entomologia.
A intensificação das ações, segundo Nathália, ocorrerá por meio da realização de ações nas unidades básicas de saúde e de dois “Dias D” programados para os dias 17 e 24 deste mês. Além disso, equipes estarão fazendo orientações sobre como a população poderá ajudar nos trabalhos de monitoramento da doença.
“Fazem parte do público-alvo do plano de ação da CGVS pessoas com idade entre nove meses e 59 anos. No caso de cidadãos com mais de 60 anos, gestantes, pessoas convivendo com HIV e com doenças imunossupressoras, as mesmas precisam de uma avaliação médica para tomar a vacina contra a febre amarela”, completou.
A Doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Em ambiente silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros.
Os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em contato ou mora próximo às matas e é picada por um mosquito contaminado. No ciclo urbano, o vírus é transmitido ao homem pelos mosquitos Aedes aegypti.