Os militares vão permanecer um mês a mais que o previsto inicialmente na Amazônia para combater os incêndios florestais, segundo decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira (20).
“Fica autorizado o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem e para ações subsidiárias, no período de 24 de agosto a 24 de outubro de 2019, nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas dos Estados da Amazônia Legal que requererem”, diz o texto. O prazo final do decreto original era 24 de setembro.
Há quase um mês o governado Antonio Denarium (PSL), que esteve em Brasília durante audiência no Palácio do Planalto, assinou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e pediu ao presidente o apoio da União caso haja algum foco de incêndio em florestas de Roraima.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, já havia adiantado que os militares deveriam continuar o trabalho na região.
“O mês de setembro está sendo visualizado como um mês tão seco ou igual a agosto”, disse o ministro a jornalistas no Rio de Janeiro.
Azevedo e Silva afirmou que em breve se reuniria com Bolsonaro para tratar do tema, de recursos para a operação na Amazônia e descontingenciamento de verbas.
O ministro disse que esse ano “provavelmente” deve ter um descontigenciamento, o que seria um “alento”, e que existe também a possibilidade de melhorar o orçamento da pasta em 2020.
No mês passado, os focos de incêndio na Amazônia chamaram a atenção do mundo, ganhando as manchetes internacionais e chegaram a colocar em rota de colisão autoridades do governo com líderes globais, como Bolsonaro e o presidente francês, Emmanuel Macron.