A mãe de um presidiário, que preferiu não se identificar disse ao Roraima 1 neste sábado (7), que os presos da Penitenciária Agrícola (Pamc) de Boa Vista continuam com problemas de saúde, devido a superlotação da unidade prisional. Segundo ela, o filho tem mais de 30 tumores pelo corpo.
“Meu filho não aguenta de tanta dor e não tem medicamentos. Além dele, os outros detentos apresentam tumores, feridas, assaduras e não conseguem sentar, estão com febre e muito debilitados”, disse a mulher após visitar o filho na unidade nessa sexta (6).
Há dez dias, agentes penitenciários deflagraram a “Operação Salvando Vidas” e levaram quase 20 presos ao Hospital Geral de Roraima (HGR) para serem atendidos.
Na mesma data, a Secretaria de Justiça (Sejuc), alegou que agentes agiram sem a autorização da pasta e classificou a retirada de presos como uma ação sindical.
A mulher afirma também que os reeducandos já apresentavam algumas enfermidades, principalmente na pele, mas que o problema piorou há um mês, pouco depois da transferência de presos da Cadeia Pública de Boa Vista para penitenciária.
“Uma cela que é para seis pessoas, eles estão em 14. Não há ventilação. Eles estão morrendo cozidos. Isso ocorre em todo o presídio”, afirmou.
Ela pede que a Sejuc tome alguma medida mais efetiva que garanta a saúde ao filho dela e de outros presos para que possam dar continuidade ao cumprimento de pena. “Se a pessoa estiver com saúde ela encara qualquer coisa, mas do jeito que estão, doentes dos pés a cabeça, não tem como”, comentou.
Em nota a Sejuc informou que todos os internos da Pamc passaram por triagem médica e estão sendo acompanhados para que os problemas de saúde sejam solucionados. A pasta disse ainda que está organizando um mutirão, em que serão ofertados atendimentos com cardiologista, clínico geral e infectologista, para que os internos sejam medicados conforme a necessidade.
