Foto: Secom RR

O Estado de Roraima deu um importante passo rumo à independência energética. O primeiro leilão de energias renovais, que ocorreu na manhã desta sexta-feira, 31, na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) em São Paulo, garantiu redução de 35% no valor do MWh (Megawatt por hora).

Hoje o valor da energia gerada pelas térmicas é de R$ 1.287/MWh. Com o resultado do leilão, haverá redução de 35% com o novo valor médio de R$ 833/ MWh, assim que as novas fontes de energia começarem a ser comercializadas, em 2021.

Considerado um momento histórico para Roraima, o governador Antonio Denarium pontuou que a estabilidade energética vai atrair investidores, gerar trabalho e fomentar a economia no Estado.

“A segurança de energia vai fazer com que empresários tenham confiança em investir em Roraima, o que vai auxiliar no desenvolvimento econômico e social do Estado. A construção das usinas vai gerar, pelo menos, três mil empregos, garantindo renda para a população e movimentação do comércio”, pontuou Denarium.

Além de ser um marco, Denarium classificou este momento como uma grande conquista. “Considero uma vitória concretizar um compromisso de governo, que teve total apoio do presidente Jair Bolsonaro. Era um objetivo em conjunto e prioritário para a presidência e o Governo de Roraima”, continuou.

O governador representou o Estado a convite do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que ressaltou a importância deste acontecimento. Para o ministro, o leilão foi um sucesso.

“Uma das prioridades do governo Bolsonaro foi proporcionar ações na área de energia para Roraima, tendo em vista que era o único Estado que ainda não faz parte do Sistema Interligado Nacional”, disse.

Albuquerque pontuou que é a primeira vez que haverá novas fontes de energias híbridas e renováveis. “Será bom para Roraima, para o meio ambiente e vai proporcionar condições que nenhum outro estado brasileiro tem”, justificou.

FONTES RENOVÁVEIS – O leilão proporcionou a contratação de 293,869 MW que permitirão ao consumidor maior segurança energética, a um preço mais justo para a sua energia.

Ao todo, serão 9 tipos de usinas para geração de energia por meio de gás natural, bioenergia, biomassa de madeira, energia solar e óleo diesel em menor quantidade, que substituirão o uso integral de diesel, hoje usado nas termoelétricas que abastecem Boa Vista.

O investimento será em torno de R$ 1,6 bilhão, que vai contemplar tanto a construção das usinas, quanto o pagamento da mão de obra. A previsão é que a operação comercial inicie em junho de 2021.

O presidente da CCEE, Rui Guilherme, empresa responsável pela operação do leilão, falou sobre os benefícios da construção das usinas. “Nosso objetivo era garantir tanto o suprimento quanto diminuir o custo da energia, o que conseguimos”, enfatizou.

“A redução deste custo tem impacto tanto em Roraima quanto no restante do Brasil, uma vez que este valor é rateado em todo país. Por isso, o leilão foi considerado um verdadeiro sucesso”, complementou Rui.

Cinco empresas vencem leilão de energia renovável

Ao todo, cinco empresas serão contratadas para o fornecimento de energia. A empresa Oliveira foi a única que ganhou para fornecer energia por meio de óleo diesel. O investimento foi de R$ 126.983.750,00 com potência nominal de 38,116 MW.

A empresa Azulao investiu R$ 425.410.800,00 para gerar 126,290 MW. A empresa BFF fez investimento de R$ 97.416.022,00 para fornecimento de energia via Biocombustível e biomassa, e R$ 573.759.883,00 para energia de origem de Biocombustível e radiação solar. A potência é de 17,616 MW e 56,218 MW, respectivamente.

Outra empresa que ganhou o leilão para fornecimento energético por meio de Biocombustível e radiação solar foi a Enerplan. O investimento é de R$ 70.355.713,00 com potência de 11,490 MW.

A Uniagro investiu R$ 227.400.000,00 com potência de 40 MW, totalizando os 293,869 MW contratados.

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