Pacientes que buscavam medicamentos em unidades da rede municipal foram encaminhados a CGAF, informou a Sesau, sem aviso prévio. Foto: Google Street View

Pacientes com dificuldades de locomoção que dependem de medicamentos distribuídos por farmácias mantidas pelo governo de Roraima têm enfrentados dificuldades. O cadeirante Keyllo Queiroz, de 38 anos, conta que há quatro meses não consegue ter acesso a itens básicos de saúde e nem mesmo aos medicamentos de alto valor.

Ele contou que, na tarde de quarta-feira (27), foi à Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF), da Secretaria de Saúde, mas foi informado que não havia os medicamentos e, os que tinham, não poderia ser entregues.

Mensalmente, Keyllo precisa de gaze, luvas, atadura, sonda, fita microporosa, saco coletor, além de relaxante muscular, remédio para o sistema nervoso e pomada dermatológica. Ele disse que são medicamentos que, somando, custam mais de um salário mínimo. “É um benefícios que nós, cadeirantes, temos direito. Mas infelizmente não estamos tendo acesso”, relatou.

O que o governo diz
A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que itens como  gaze, luvas, atadura, sonda, fita microporosa, saco coletor, entre outros, destinados a pacientes com dificuldades de locomoção, eram distribuídos pelas farmácias das Unidades Básicas de Saúde de Boa Vista, para os moradores da capital, mediante cadastro desses pacientes.

No entanto, a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica informou que desde o mês de fevereiro, “sem nenhum aviso prévio”, esses pacientes passaram a ser encaminhados, dos Postos de Saúde para a Coordenadoria, com a orientação de que poderiam ser atendidos no local. “São itens relacionados à Atenção Básica de saúde”, destacou a nota.

O Sesau alega que, quanto aos medicamentos que não fazem parte do rol da Relação Municipal, estes são dispensados pelo Governo do Estado, na CGAF ou na Clínica Especializada Coronel Mota (GECM), conforme Relação Estadual padronizada, mas que o estado sofreu uma crise de desabastecimento, e que os medicamentos ainda estão sendo recebidos por meio de contratos emergenciais.

“É válido ressaltar que os medicamentos controlados não são dispensados na CGAF, e sim na CECM”, concluiu a nota.

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