Os servidores efetivos do Instituto de Terras e Colonização de Roraima – Iteraima, resolveram manter a greve deflagrada no dia 22 do mês passado, após uma reunião entre o governador Antonio Denarium e representantes dos sindicatos e de servidores.
Segundo Francisco Figueira, presidente do Sindicato dos trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima – Sintraima, a reunião não teve acordo e nem fundamento, não havendo qualquer proposta do Governo para o fim da greve do servidores.
“O governador não nos apresentou nenhuma proposta, não iniciou qualquer negociação e nem sinalizou que irá atender a reivindicação dos servidores, que é o pagamento das tabelas salariais dos PCCRs 2019, então a greve irá continuar”, declarou Figueira.
Antes da deflagração da greve geral, houve uma paralisação de advertência de 48 horas nos dias 18 e 19 do mês passado, para que o governo pudesse apresentar alguma proposta, o que não ocorreu. Com a greve geral dos servidores do Iteraima, estão prejudicados serviços como abertura de processos de regularização fundiária, vistorias rurais e urbanas, topografias, visitas técnicas para aplicação de questionários socioeconômico, pareceres técnicos, entre outros que são fundamentais para a emissão dos títulos definitivos.
O presidente do sindicato explicou que a participação dos servidores efetivos do Iteraima é essencial para a execução da política fundiária divulgada pelo governo. “São os servidores efetivos que vão à campo e fazem os serviços técnicos, com os servidores em greve, não tem como manter uma política fundiária e nem executar qualquer programa de regularização, ou seja, sem os servidores efetivos, o governo não tem como emitir títulos definitivos”, esclareceu Figueira.
Ele também destacou as péssimas condições de trabalho dos servidores, que, segundo ele, carecem de equipamentos, material de trabalho, não recebem diárias, não tem sequer telefones no prédio, tendo que utilizar seus telefones particulares para trabalhar. “Apesar de todas essas dificuldades, os servidores continuavam exercendo suas funções, a única coisa que estamos reivindicando é o cumprimento da Lei nº 1257/18, e que os salários sejam pagos de acordo com a Lei”, disse o presidente.
OUTRAS PASTAS – Os servidores da Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Femarh e do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação – Iact também deflagraram greve geral neste dia 11 de março, por tempo indeterminado, com a mesma reivindicação, o pagamento das tabelas salariais 2019. Os servidores da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima – Aderr também devem aderir à greve geral na próxima semana. Desta forma, serão quatro pastas da administração indireta que deflagram greve geral, todas ligadas aos setor produtivo.