Sem aulas desde que a fronteira do Brasil com a Venezuela foi fechada, a acadêmica de medicina Nadir Marinho, de 37 anos, buscou um meio alternativo para preencher o tempo vago: transformou o hobby de artesã em um trabalho profissional.
Nadir está no 5º ano de medicina, na Universidade de Ciencias de la Salud (UCS), localizada na cidade de Santa Elena de Uairen. Ela conta que retornou a Roraima desde o anúncio do presidente Nicolás Maduro e, desde então, segue sem aulas.
“Logo no dia 21 de fevereiro retornamos a Roraima. Apenas esperamos a aula daquele dia encerrar, por volta de 16h30, e deixamos a Venezuela. Por estar fechada a fronteira, não temos como ir, e estou fazendo os artesanatos pra vender”, relatou.
A estudante, que também é servidora pública estadual, contou que o artesanato era um hobby mas, que diante à crise financeira e o tempo sem aulas, expandiu a produção e tenta garantir uma renda extra.
Neste domingo (10), a fronteira com Roraima completou o 17º dia fechada após ordens do presidente Nicolás Maduro. Apesar da incerteza de quando será reaberta, a estudante disse que recebeu um comunicado para retornar ao país vizinho no próximo dia 12 de março.
“17 dias sem subir a serra, mas na terça-feira [12] terei de passar de qualquer forma. Pois o governo ordenou que voltássemos as aulas na quinta-feira passada. Então, na terça-feira irei com outros amigos pelo caminho alternativo”, contou.
Dentre os objetos, Nadir produz quadros decorativos e kits para guardar maquiagem e produtos de higiene. Os artesanatos podem ser encomendados por meio do telefone (95) 98114-2620.