O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu declarar o linhão de Tucuruí um empreendimento de infraestrutura de interesse da política de defesa nacional. O projeto visa criar uma linha de transmissão para ligar Roraima ao sistema interligado de abastecimento de energia elétrica.
O tema foi discutido nesta quarta-feira (27) na reunião do Conselho de Defesa Nacional, órgão que reúne o presidente da República, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF (Supremo Tribunal Federal), além de ministros e dos chefes das Forças Armadas. Os parlamentares roraimenses também estiveram em reunião com o presidente. Na ocasião, o presidente disse que em no máximo 3 anos, Roraima já vai estar interligado ao sistema elétrico nacional.
Ao declarar o linhão de Tucuruí como obra de interesse nacional, o presidente pretende acelerar o projeto. Segundo o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, com a decisão, o governo “promove a defesa e a soberania nacional”.
Segundo o senador Mecias de Jesus (PRB), a construção da linha de transmissão entre Manaus e Roraima, fará com que Roraima pare de sofrer com os constantes apagões. “Finalmente a população de Roraima recebe a resposta de uma demanda antiga, os roraimenses não aguentam mais arcar com uma energia cara e apagões constantes. O linhão de Tucuruí vai nos ajudar a alavancar o desenvolvimento nos setores produtivos do estado”, disse.
O processo de construção será acelerado e os aspectos relativos as questões ambientais serão consideradas uma questão de soberania nacional para levar ao estado de Roraima a energia que é produzida no Brasil.
A obra — cuja previsão inicial era de início em 2011 e conclusão em 2015— ainda não começou em razão de conflitos judiciais e problemas na obtenção de licenças ambientais, especialmente por cruzar uma área indígena. A expectativa é que, com isso, a construção da obra possa efetivamente ser iniciada com uma tramitação mais simplificada.