O Ministério Público Federal (MPF) em Roraima pediu à Justiça Federal o restabelecimento da prisão preventiva da deputada estadual Ione Pedroso. O pedido, apresentado no último dia 7, afirma que a deputada do SD se dirigiu à Coordenação da Central de Monitoramento Eletrônica e solicitou a retirada da tornozeleira.
Ione é suspeita de integrar organização criminosa que desviou cerca de R$ 50 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A deputada foi presa em 14 de dezembro passado após deflagração da Operação Zaragata.
Em audiência de custódia realizada no dia 17 do mesmo mês, conseguiu a conversão de prisão preventiva em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico. Já em 14 de janeiro de 2019, a prisão domiciliar foi substituída por recolhimento domiciliar no período noturno, ainda com a manutenção da tornozeleira.
No pedido, o Ministério Público argumenta que a deputada por diversas vezes violou as medidas cautelares.
“Mesmo sendo advertida em pelo menos três ocasiões da obrigatoriedade da manutenção da tornozeleira eletrônica e do recolhimento ao perímetro de sua casa, razão pela qual a decretação de sua prisão preventiva é medida que se impõe”, relata trecho da petição.
A Justiça Federal deu prazo para a defesa de Ione se manifestar, para então decidir sobre a decretação de prisão preventiva.
Nas redes sociais, a defesa da deputada nega que Ione tenha descumprido de forma deliberada a ordem judicial de usar tornozeleira.
“Trata-se de equívoco não provovado pela deputada e que foi prontamente reparado quando ela tomou ciência de que deveria continuar usando tornozeleira”, disse a nota, concluindo que a deputada ira acatar todas as determinações pela justiça.