As cirurgias eletivas no Hospital Geral de Roraima e não Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, ambos administradas pelo Governo do Estado, podem ser suspensas a partir da próxima semana.
A possível suspensão dessas cirurgias será por conta da falta de medicamentos e materiais médico-hospitalares, além de manutenção na estrutura física e em equipamentos dessas unidades.
A presidente do CRM, Rosa Leal, informou que após fiscalização no dia 20 de janeiro ficou constatado vários problemas como uma lista enorme de medicamentos e fios adequados para as cirurgias, entre outras situações, que estão faltando no HGR e na Maternidade.
“Não há condições de manter a cirurgia eletiva aberta, do contrário a gente vai deixar de ter atendimento na emergência. O objetivo é preservar o atendimento de urgência, pois somos uma cidade com o maior número de acidentados de trânsito. Então como é que vamos dar assistência na emergência se usarmos esse material na eletiva?”, questionou Rosa.
“Na próxima quarta-feira (13) haverá uma nova sessão plenária com o corpo de conselheiros do CRM, quando será decidido se mantém do jeito que está, com cirurgia eletiva aberta, ou se vai interditar. Mas quem decide é o pleno do conselho, por meio de votação”, ressaltou a presidente do CRM.
Governo de Roraima – Por meio de nota, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) informou que entre as prioridades da atual gestão está garantir o abastecimento de medicamentos e materiais médico-hospitalares nas Unidades de Saúde do Estado. Mas para isso é preciso vencer uma dificuldade que está emperrando o andamento dos contratos, que é o histórico de calote com os fornecedores.
Informou ainda que está com dificuldade em se fazer uma previsão do que é necessário comprar para garantir esse abastecimento. Disse também que foi necessário reiniciar todos os contratos de aquisição anual de itens, e que os processos anuais de aquisição desses itens já estão em andamento e a previsão é que a partir do mês de março, o abastecimento das unidades comece a ser garantido com base nesses contratos.
Informou também que existem processos emergenciais de compra de materiais e medicamentos para abastecer as unidades de saúde nesse período inicial, e que a expectativa é que entre os dias 12 e 25 de fevereiro a Sesau receba a grande maioria dos itens essenciais para garantir o funcionamento das unidades de saúde até que a compra anual seja finalizada.