TV1: Fábio Almeida fala sobre situação política em Roraima e no país

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AO VIVO: professor Fábio Almeida fala sobre situação política de Roraima e no país

Publicado por Roraima 1 em Terça-feira, 29 de janeiro de 2019

O professor Fábio Almeida foi o entrevistado desta terça-feira (29), no TV1, um quadro apresentado pelo jornalista Rubens Medeiros, que é exibido ao vivo no www.roraima1.com.br e na página do Roraima 1 no facebook, de segunda a sexta-feira, a partir das 19h.

O principal assunto da entrevista não poderia deixar de ser política. Para Almeida um tema bastante preocupante em Roraima e no Brasil. “O que se tem observado é a divisão da sociedade em dois campos heterogêneos, o que se denomina de direita formado de neofacistas a positivistas, e a esquerda que nada mais é um aglomerado de representações, dentre eles a social democracia”, disse.

Conforme ele, a problemática maior é o acirramento de posições conservadoras de posições preconceituosas contra segmentos socias, grupos étnicos e orientações sexuais no Brasil.

“O Brasil é um país composto por diversidade de povos, de pensamentos, de cultura e isso precisa ser respeitado. Não podemos querer impor um olhar, uma forma de viver, de atuar, a qualquer segmento social. Então é preocupante porque a voz destoante deixa de ser respeitada”, afirmou Almeida.

Ele comentou que o Brasil viveu 14 anos sob o governo do PT (Partido dos Trabalhadores), que teve projetos políticos entre os quais o seu partido, o PSOL, fez críticas ao que foi implementado.

“Porém, o problema hoje é que a direita nunca foi cerceada. E essa direita que chega ao poder no Brasil, representada pelo PSL, quer calar a voz da esquerda. Nenhum discurso deve ser hegemônico e nem deve ser considerado efetivamente verdadeiro, porque as contradições de gestão pública existem e é preciso oposição para poder está contrapondo o que se acha ser o caminho certo”, ressaltou Almeida.

Sobre o caso do deputado federal Jean Willys, que desistiu de assumir o mandato na Câmara Federal, o professor contou que o parlamentar vem sofrendo ameaças há muito tempo.

“Tanto é que ele anda escoltado por policiais federais desde 2013. O problema maior é que desde o fim das eleições do ano passado para cá, as ameaças começaram a ser direcionadas à família do Jean”, declarou Almeida.

“A decisão do Jean Willys foi de preservar a vida e não incorrer no mesmo fato da vereadora Marielle Franco, morta há quase um ano, em que até hoje não se tem uma resposta sobre quem são os assassinos”, frisou o professor.

Segundo ele, o agravante é você está sendo protegido por um Estado, onde um dos principais opositores a tua forma de atuação política preside esse Estado.

“E há denúncias e investigações a partir do Coaf, de suposta proximidade do senador Flávio Bolsonaro com milícias que atuam no Rio de Janeiro. Milícias que são investigadas como prováveis mandantes da morte da vereadora Marielle”, ressaltou Almeida.

Quanto ao atentado contra o presidente Jair Bolsonaro, para Fábio Almeida esse ato demonstra claramente o extremismo no processo político. “É o que eu acabei de falar. A voz destoante deixa de ser aceita no debate político e essa situação e muita delicada”, disse.

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