Foto: Agência Brasil

A organização Human Rights Watch (HRW) lançou nesta quinta-feira a edição de 2019 do Relatório Mundial de Direitos Humanos, em que analisa a situação dos direitos humanos em mais de cem países. O Brasil foi duramente criticado no documento por questões como atentados contra a liberdade de expressão, conflitos ambientais, e a falta de debate sobre orientação sexual, além de mencionar o episódio ocorrido em agosto do ano passado. 

O diretor-executivo da HRW para as Américas, o chileno-americano José Miguel Vivanco encontrou-se esta semana com os ministros Sérgio Moro (Justiça), Damares Alves (Direitos Humanos) e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). A ONG alerta que o país deve combater a criminalidade “dentro dos limites da legalidade”.

Na introdução do relatório, a ONG afirma que “este é um período sombrio para os direitos humanos”, com a ascensão ao poder, em diversos países, de “populistas que espalham ódio e intolerância”. Entre eles, avalia Vivanco, está o Brasil:

“A maioria persegue uma estratégia de duas etapas para minar a democracia”, descreve o documento. “Primeiro, demoniza minorias vulneráveis (…) para conquistar o apoio popular; e então enfraquece os pesos e contrapesos do poder público necessários para preservar os direitos humanos e o Estado de direito”.

Entenda o caso 

Após o assalto a um comerciante brasileiro, houve briga entre os moradores de Pacaraima e os imigrantes venezuelanos. Uma série de ataques em represália à violência sofrida pelo comerciante começaram e mais de mil imigrantes foram literalmente “expulsos” pelos brasileiros. Segundo o exército, na época, cerca de 1.200 retornaram à Venezuela. 

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