Foto: Roraima 1

O Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) irá retirar a interdição ética que foi imposta ao Hospital Geral de Roraima (HGR) e Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, por conta da falta de material para a realização de cirurgias eletivas nessas duas unidades de saúde. O anúncio será feito nesta sexta-feira (04), às 10h, durante coletiva à imprensa, no auditório do HGR.

A decisão de suspender a interdição ética foi tomada em reunião plenária realizada na noite dessa quarta-feira (02), com a presença do secretário estadual de Saúde, Ailton Wanderley, e da promotora de Saúde, Jeanne Sampaio, do Ministério Público Estadual (MP-RR).

O primeiro secretário do CRM, Anderson Dalla Benetta, afirmou que a interdição ética será suspensa. “Essa decisão é com base em uma fiscalização do Conselho, realizada no final do ano passado, quando ficou constatada a chegada de diversos insumos nessas duas unidades de saúde, bem como o comprometimento dado pelo secretário de Saúde de que irá manter os hospitais abastecidos”.

Dalla Benetta explicou que a finalidade da interdição ética é para resguardar os pacientes, para que não sejam submetidos a tratamentos que ponham em risco sua saúde, devido a falta de medicamentos e materiais médico hospitalares. “Também reguarda o médico na realização do ato médico”, ressaltou.

Mesmo o HGR e o HMI, vez ou outra, ficando sem material para a realização de cirurgias eletivas, o primeiro secretário do CRM informou que a interdição ética se faz necessária. “O desabastecimento chegou a um nível crítico e os pacientes estariam correndo graves problemas se fossem operados nas condições que estavam as unidades”, comentou Dalla Benetta.

Sobre alguma penalidade para aplicar a essas unidades de saúde, com a finalidade de nunca faltar material para a realização das cirurgias eletivas, Dalla Benetta afirmou que legalmente o CRM não tem autoridade para obrigar os gestores a comprarem os insumos. “O CRM fiscaliza e notifica os órgãos de controle sobre a situação encontrada, para que estes órgãos tomem as medidas legais e pertinentes”, finalizou.

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